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Silvio Berlusconi é absolvido no caso “Mediatrade”, por fraude fiscal e apropriação indevida

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, foi absolvido da acusação de apropriação indevida e fraude fiscal no âmbito do caso Mediatrade, segundo decisão da juíza de audiência preliminar de Milão, Maria Vicidomini. A magistrada, porém, resolveu enviar a julgamento todos os outros 11 acusados, como o filho do premier, Pier Silvio Berlusconi, e o presidente da Mediaset, Fedele Confalonieri. O caso deve ser analisado em 22 de dezembro pela 2ª Seção Penal do Tribunal de Milão. "É uma decisão absolutamente em linha com os atos do processo. Evidentemente, a juíza viu que Silvio Berlusconi não tinha nenhuma coparticipação, nem formal, nem substancial, nesta história", disse um dos advogados do premier, Niccolò Ghedini.

Ghedini afirmou ainda que Pier Silvio Berlusconi também deve ser absolvido.

A Procuradoria de Milão, por sua vez, já anunciou que vai recorrer da decisão.

O caso Mediatrade refere-se a possíveis compras superfaturadas de direitos televisivos e cinematográficos realizadas pela empresa Mediatrade, ligada ao grupo Mediaset, cuja propriedade é da família do premier.

De acordo com a denúncia, Berlusconi e os outros 11 envolvidos usavam um sistema de fraude para inflar os preços destes direitos.

As fraudes podem chegar a 10 milhões de euros. Berlusconi já participou de algumas audiências preliminares sobre o caso no Tribunal de Milão.

Nestas ocasiões, ele reclamou dos processos, afirmando que as acusações são "infundadas e ridículas" e atestou que não trabalha mais com "aquisição de direitos de TV" desde 1994, quando teria se afastado das empresas midiáticas para entrar na política.

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