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Sindicatos confirmam paralisação na Itália

As principais centrais sindicais da Itália confirmaram a realização de uma paralisação geral nesta segunda-feira, após um encontro de duas horas neste domingo com o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que consideraram "insatisfatório".

Participaram da reunião no Palácio Chigi, sede do governo, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), a Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL), a União Italiana do Trabalho (UIL) e a União Geral do Trabalho (UGL).

Os líderes sindicais reivindicaram mais equidade no pacote de medidas de ajustes econômicos de 30 bilhões de euros, aprovado em 4 de dezembro para superar a crise econômica pela qual passa o país.

Eles expressaram sua preocupação "com as consequências que o plano de ajuste terá sobre os empregados e os aposentados, assim como sobre as perspectivas de desenvolvimento do país".

Monti, por sua vez, defendeu o atual formato do pacote, caracterizando a situação como de "extrema emergência financeira e econômica" e reafirmando sua preocupação com a estabilidade dos mercados.

Segundo a presidente da CGIL, Susanna Camusso, ao fim do encontro chegou-se a "um compromisso um pouco genérico" por parte do primeiro-ministro para considerar as reivindicações dos sindicatos.

"Não encontramos elementos para suspender a paralisação", considerou o líder da CISL, Raffaele Bonanni, que acredita que a batalha pelas bandeiras dos sindicatos ainda continuará.

O líder da UGL, Giovanni Centrella, disse que as centrais explicarão "aos trabalhadores que nenhuma das poucas coisas que propusemos teve abertura" na reunião.

Há quatro dias, os quatro maiores sindicatos convocaram uma paralisação para hoje diante da manobra econômica aprovada pelo governo.

Os principais alvos dos sindicalistas são a reforma das aposentadorias e o imposto à primeira casa, conhecido como ICI.

Esta será a primeira paralisação geral convocada por mais de uma central sindical de peso da Itália, uma vez que as últimas greves e paralisações contra o governo do então premier Silvio Berlusconi haviam sido convocadas apenas pela CGIL.

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