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Supremo Tribunal Federal decreta prisão de italiano detido em SP suspeito de integrar máfia

O italiano detido em São Paulo acusado pertencer à máfia italiana teve a prisão preventiva decretada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Cezar Peluso.

Luca Alessandro Longobardi, 40, foi levado à PF pela Polícia Civil após ser detido dentro do consulado americano, na Chácara Santo Antonio (zona sul de SP). Sem saber que era procurado pela Interpol (polícia internacional), ele pediu um visto de trabalho para os Estados Unidos.

Com o pedido aceito, Longobardi voltou à sua casa. Porém, quando pesquisava o italiano, o Departamento de Estado norte-americano encontrou irregularidades e comunicou o fato à Polícia Civil do aeroporto de Guarulhos.

"Elaboramos uma estratégia. Orientamos o consulado a entrar em contato com ele, dizendo que era necessário ele voltar, porque faltavam alguns detalhes para a obtenção do visto", disse o delegado Ricardo Guanaes Domingues.

Quando chegou ao consulado pela segunda vez, por volta das 13h, o italiano foi detido por quatro policiais civis. Em trabalho conjunto com o Departamento de Estado, a equipe descobriu que ele era um dos homens mais procurados pela Interpol.

Segundo o delegado, Longobardi "era uma pessoa distinta, bem educada e com um currículo extenso".

O italiano teve pedido de prisão expedido pela Justiça italiana em 6 de julho, de acordo com a PF. No mesmo dia seu nome foi incluído na difusão vermelha da Interpol, um documento que informa aos países membros da polícia internacional quais são os criminosos procurados em cada país.

De acordo com a polícia, Longobardi, natural da cidade de Milão, mora no Brasil há nove anos, é casado com uma brasileira, e tem dois filhos. Ele é acusado de movimentar, do Brasil, onde é proprietário de uma empresa, o dinheiro de grupos como a Camorra (um dos principais grupos mafiosos italianos).

Segundo informações recebidas pela Polícia Civil, Longobardi havia movimentado mais de 20 milhões de euros em dez países que investiu. Foi acusado de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e formação de quadrilha, que lhe renderam mais de 20 anos de condenação.

Ele permanece preso na sede da Polícia Federal em São Paulo, que aguarda o pedido de extradição das autoridades italianas.

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