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Telecom Italia estuda reação contra Telefónica após proposta

A Telecom Italia está estudando uma reação contra a sua principal acionista, a Telefónica, por conta da oferta de 6,7 bilhões de euros (R$ 20,1) do grupo espanhol pela operadora brasileira GVT, que pertence ao grupo francês Vivendi. A proposta incomodou os italianos porque eles também estão negociando a aquisição da empresa.

Em uma reunião pelo conselho de administração da Telecom, foram reiteradas a importância estratégica de suas atividades no Brasil e a necessidade de seguir "aprofundando" suas opções no país. No entanto, o CEO da companhia, Marco Patuano, garantiu que não vai fazer nenhuma "oferta maluca".

"Nunca fiz leilões tolos no passado e não farei no futuro, ainda que exista o interesse. Há um ano eu repito a mesma coisa: o Brasil é um ativo vital. Estamos investindo, melhorando nossa equipe de gestão e mantendo os olhos abertos para a consolidação do mercado. Mas não farei escolhas irracionais", afirmou o executivo. No entanto, ele ressaltou que "todas as opções" seguem abertas.

A oferta da Telefónica pela GVT, que atua nos setores de banda larga, TV por assinatura e telefonia fixa, foi divulgada na última terça e é válida até o dia 3 de setembro. A proposta para a Vivendi prevê um pagamento de R$ 11,96 bilhões em dinheiro e uma parcela de 12% no capital social da empresa que surgirá com a incorporação da GVT pela Telefônica Brasil.

Além disso, o grupo espanhol ofereceu para os franceses uma fatia de 8,3% na Telecom. Com isso, a Telefónica cumpriria uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de reduzir seu controle sobre o mercado de telefonia móvel brasileiro. Para isso, a companhia teria de se desfazer da Vivo ou diminuir seu controle sobre a TIM, que pertence à companhia italiana. Ou seja, se a proposta for aceita pela Vivendi, a Telefónica passaria a ter uma fatia menor na Telecom e ainda ganharia um ativo desejado pelos italianos no Brasil, a GVT.

"É preciso fazer rapidamente uma fusão entre a GVT e a TIM Brasil, com uma plena aliança industrial entre Telecom e Vivendi", diz uma nota divulgada pelo Grupo Findim, que detém 5% das ações da sociedade italiana.

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