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Itália investiga mais de 700 pessoas por crime de evasão fiscal

Mais de 700 pessoas, entre estilistas, empresários, atrizes, joalheiros, comerciantes, líderes empresariais e outros cidadãos italianos que enviaram suas economias ao exterior, estão sendo investigadas em Roma por omissão ou declaração incompleta do imposto sobre a renda.

A investigação começou porque estas pessoas constavam da chamada "lista Falciani", que leva o nome de um funcionário da sede de Genebra do banco britânico HSBC que fugiu com os dados de clientes de várias partes do mundo e que, posteriormente, entregou às autoridades francesas.

Para a Itália, há 6.963 posições financeiras por um total de depósitos que superam US$ 6,9 bilhões referentes ao biênio 2005-2007.

Os documentos contábeis obtidos pela Procuradoria de Turim e a polícia tributária (Guarda das Finanças) foram transmitidos por competência a vários procuradores e os controles se iniciaram na capital italiana.

Aqueles que estão na lista serão interrogados, em especial para verificar se utilizaram o "escudo fiscal" para sanear quaisquer irregularidades.

O "escudo fiscal" é uma lei que permite regularizar o capital depositado ilegalmente no exterior a baixo custo. Ela foi aprovada em 2009 pelo Parlamento e seu objetivo era que estes capitais retornassem ao país mediante o pagamento de uma taxa de 5% sobre o valor total em impostos.

Entre aqueles que transferiram suas econômicas para a Suíça está a atriz Stefania Sandrelli, que depois decidiu aproveitar o "escudo fiscal" e que por isso poderá evitar sanções penais. Também constam sua filha Amanda e o cineasta Sergio Leone, que morreu em 1989.

O estilista Valentino Garavani e as duas empresas lideradas por Gianni Bulgari, o mestre da joalheria, também constam da lista investigada, que inclui Elisabetta Gregoraci – uma dançarina que ficou famosa ao se casar com o ex-diretor desportivo da equipe Renault de Fórmula 1, Flavio Briatore.

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