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União Europeia adota plano contra países que encorajam tráfico de migrantes

Há um ano da apresentação do primeiro Pacto sobre a Imigração, a União Europeia adotou um novo plano de ação contra o tráfico de migrantes.

Entre as medidas, segundo informam o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, e a comissária europeia para Assuntos Internos, Ylva Johansson, estão o reforço da “cooperação positiva” com países de fora do bloco que atuam contra esses grupos criminosos, mas também punições aos que “encorajam” a existência de tais organizações.

Como primeiro passo, por conta do fenômeno de tráfico de migrantes que é “facilitado” por Belarus, Bruxelas propôs a suspensão do acordo de facilitação de vistos UE-Belarus para funcionários do governo de Minsk.

Essa é mais uma punição contra o governo de Aleksandr Lukashenko, considerado o “último ditador da Europa” pelo bloco, e que vem sofrendo sanções desde as polêmicas eleições de agosto do ano passado.

“Não podemos ser ingênuos. Lukashenko está dando a possibilidade de terroristas e criminosos entrarem na União Europeia. Por esse motivo, é preciso controlar intensamente e registrar todos que chegam dali”, disse Johansson ao justificar a medida.

Há meses, a Polônia vem reclamando formalmente de Belarus sobre a “facilitação” da passagem de milhares de migrantes pela fronteira entre as duas nações.

Recentemente, o ministro do Interior polonês, Mariusz Kaminski, denunciou que encontrou materiais ligados ao extremismo islâmico com algumas das pessoas que haviam atravessado a fronteira vindas de Belarus.

Reforma de asilo

O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, informou em entrevista à emissora local “BFMTV” que o país vai promover uma reforma do sistema de asilo e acolhimento da União Europeia a partir do ano que vem.

Em janeiro, Paris assume a presidência rotativa do bloco europeu, que atualmente está com a Eslovênia.

Conforme Darmanin, os pedidos do tipo estarão “no centro do novo Pacto sobre a Imigração” e são um assunto “europeu”, por isso, deve ser debatido por todos os 27 Estados-membros. A ideia é criar um só tipo de solicitação e que vale para toda a Europa.

“Nós vamos trabalhar e vamos ver o que pensa o novo governo alemão. Esse deve ser o objetivo que todos deveremos atingir e a energia de todos deve estar voltada para isso: quando você chega na Europa e faz um pedido na Itália ou na Espanha ou em Malta ou na França, vale para todos. E compartilhamos as informações”, acrescentou.

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