O Comitê dos Representantes Permanentes da União Europeia (Coreper) aprovou a prorrogação das sanções econômicas contra a Rússia até o dia 31 de janeiro de 2016. A decisão será formalizada na próxima segunda-feira (22), durante a reunião dos chanceleres europeus.
As medidas, impostas contra os russos desde julho de 2014, são reflexo do papel do governo de Vladimir Putin sobre a crise na Ucrânia.
As sanções atingem diversos setores fundamentais da economia de Moscou, especialmente o setor de bens, o mercado financeiro, o fornecimento militar (também para uso civil) e a tecnologia sensível (especialmente no campo energético).
Além dos europeus, os Estados Unidos também impuseram punições nos setores de energia, bélico e de finanças. Na semana passada, o governo Putin respondeu às medidas divulgando uma "lista negra" de 89 dirigentes da Europa que não podem entrar em território russo.
A decisão do Coreper segue na linha dos anúncios após a reunião do G7 em Elmau, na Alemanha, no dia 8 de junho. Na época, o presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, se mostraram dispostos a manter as punições até que a Rússia implementasse todo o acordo de cessar-fogo assinado em Minsk – em fevereiro deste ano.
O documento prevê, entre outros pontos, a saída total dos militares russos e de todo seu armamento do território ucraniano e o completo respeito à trégua de paz nas regiões de conflitos. Porém, quatro meses após a assinatura, a morte de combatentes de ambos os lados é diária.