Os dirigentes europeus traçaram uma mapa sobre como reforçar a integração econômica, alentados pela liberação da ajuda à Grécia e pelo acordo para a criação de um supervisor dos bancos da região.
"Está é uma boa semana para a União Europeia, mas precisamos fazer mais", considerou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ao final da reunião em Bruxelas, a última em 2012 entre os 27 chefes de Estado e de governo.
Van Rompuy anunciou que apresentará em junho de 2013 um calendário de ações para aprofundar a união econômica e monetária, que prevê a coordenação entre Estados das reformas econômicas acertadas, a dimensão social da União econômica e monetária, a possibilidade e as modalidades dos acordos contratuais entre os Estados e as instituições europeias para a competitividade e o crescimento, e os mecanismos de solidariedade associados a estes contratos.
Os líderes europeus estabeleceram um mapa para "garantir a irreversibilidade" do euro. A primeira etapa, que se estenderá "até a primeira metade do ano", consiste em acelerar a união bancária, com base na criação do Mecanismo Único de Supervisão Financeira (MUS), coordenado pelo Banco Central Europeu (BCE).
Contudo, os países prolongaram o calendário previsto em mais de um ano: o MUS deve estar operacional em março de 2014, ao invés de janeiro de 2013 como estava previsto inicialmente, destacou o comissário europeu Michel Barnier, que celebrou o "histórico" consenso.
"O MUS é chave para restaurar a confiança nos bancos europeus", destacou o ministro cipriota, Vassos Shiarly, cujo país ocupa a presidência rotativa europeia.
"Este é um presente de Natal para a Europa", completou.
Uma vez que o mecanismo esteja operacional de maneira efetiva, a Eurozona poderá executar a recapitalização direta dos bancos, sem que a ajuda se transforme em dívida pública.