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Governo italiano lamenta mortes em distribuição de comida em Gaza

A morte de dezenas de palestinos durante uma distribuição de ajudas humanitárias na Faixa de Gaza pode complicar as já intrincadas negociações entre Hamas e Israel para um cessar-fogo temporário.

Segundo o grupo fundamentalista islâmico, pelo menos 104 pessoas foram mortas por forças israelenses e 760 ficaram feridas enquanto esperavam em uma fila por alimentos na Cidade de Gaza, principal município do enclave e devastado nas primeiras semanas do conflito.

“As negociações conduzidas pela liderança do movimento não são um processo aberto a despeito do sangue do nosso povo”, alertou um comunicado do Hamas, que já culpa Israel por um eventual fracasso das tratativas.

No entanto, um porta-voz militar do país judeu disse que palestinos “cercaram” e “saquearam” caminhões de ajuda no norte de Gaza e colocaram tropas israelenses em risco.

“No incidente, dezenas de pessoas foram pisoteadas pela multidão”, afirmou o Exército, acrescentando que os soldados “dispararam contra quem cercava” o comboio. Além disso, as forças israelenses divulgaram um vídeo que mostra pessoas circundando os caminhões .

Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, cobrou o fim da distribuição de ajudas humanitárias em Gaza.

“Ficou provado que isso não é apenas loucura enquanto nossos reféns continuam na Faixa, mas também prejudica os soldados do Exército”, declarou.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, definiu o episódio como “incidente grave” e lamentou a “perda de inocentes vidas humanas” no enclave palestino, enquanto o presidente Joe Biden já disse ser “provável” que os dois lados não cheguem a um acordo.

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também se pronunciou e disse que as “trágicas mortes” de palestinos durante a distribuição de ajuda humanitária exigem um “imediato cessarfogo”.

“Pedimos com força a Israel que proteja a população em Gaza e investigue fatos e responsabilidades com rigor”, acrescentou o chanceler no X (antigo Twitter).

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