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MAU TEMPO: Fortes chuvas não dão trégua na Região do Veneto, no norte da Itália

As chuvas não dão trégua no Veneto, mas os bombeiros informam que por enquanto a situação dos rios está sob controle. Funcionários e voluntários continuam o trabalho de limpeza e retirada de lama, para devolver um mínimo de dignidade às cidades atingidas – principalmente na região de Pádua – pela fúria das águas.

Muitas empresas e o comércio permanecem fechados, por conta da impossibilidade de trabalhar. Muitos equipamentos foram completamente destruídos pela água e pela lama. Luto hoje (8) em Caldogno (Vicenza), por conta do enterro de Giuseppe Spigolon, 75 anos, uma das vítimas da inundação, encontrado morto na garagem de sua casa, invadida por dois metros de água.

É hora de verificar os danos no Veneto. Enquanto sobre a região estão previstas novas precipitações, o ministro da Defesa Civil, Guido Bertolaso, sobrevoa a região e se reúne com os prefeitos de Pádua, Vicenza e Verona. A "gravidade das inundações, com prejuízos estimados em € 1 bilhão pelo presidente regional Luca Zaia, se associa à ameaça da Confindustria de Vicenza parar de pagar os impostos.

''Desta vez não passa – afirma o vice-presidente dos industriais de Vicenza, Luciano Vescovi. Se não houver apoio do Estado às empresas e aos cidadãos locais, não pagaremos os impostos. Trata-se de uma consideração apolítica, porque na cidade a produção está de joelhos''.

''Ninguém precisa temer o fechamento de empresas por causa da inundação. Dou a minha palavra em nome do Departamento da Defesa Civil do Estado'', responde o chefe da Defesa Civil aos prefeitos da região, que pedem garantias e prazos para a indenização. O foco são as empresas paradas pelo alagamento das máquinas, a hipótese de demissões de trabalhadores e também a necessidade de retomar imediatamente a recuperação econômica. Para a Coldiretti de Vicenza, são cerca de 50 as empresas agrícolas seriamente prejudicadas.

As palavras não apagam os três mortos afogados, os prejuízos a imóveis, casas e terras que ainda estão debaixo d'água, uma safra agrícola completamente perdida, além do problema da remoção dos corpos de animais afogados (entre 200 e 300 mil). A emergência está por todos os lados, com mais ameaças de deslizamentos e de transbordamento de rios.

"O Estado está presente e estou aqui para garantir nosso compromisso e contribuição para a solução dos problemas", disse Bertolaso ao sair da prefeitura de Pádua, onde se reuniu com cerca de 30 prefeitos. Em 11 de novembro, serão 130 prefeitos que se reunirão em Roma com o presidente do Conselho de Ministros, Silvio Berlusconi.

Bertolaso destacou que ''os financiamentos disponibilizados pelo governo (para cinco regiões, ndr) são só para as primeiras emergências, antes de se ter uma posição detalhada sobre os prejuízos, que provavelmente ficará a cargo do presidente da Região do Veneto''.

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