A Procuradoria de Gênova abriu uma investigação de desastre culposo sobre as enchentes que atingem várias cidades da região da Ligúria, principalmente Gênova. A instituição já havia aberto um processo por homicídio culposo. O novo fascículo se refere às obras de infraestrutura hidráulica não realizadas em Gênova, assim como a falta de manutenção e de alertas de emergência.
Os investigadores analisarão as medidas tomadas pelo poder público nos últimos três anos para evitar catástrofes relacionadas à chuva, já que frequentemente Gênova é palco de enchentes.
Na semana passada, Gênova sofreu com alagamentos, transbordamentos de rios, deslizamentos e bloqueios de estradas. Muitas escolas e comércios ficaram fechados devido ao caos causado pelo mau tempo. Ao menos uma pessoa morreu.
A cidade amanheceu tentando voltar à rotina. Porém, apesar da noite ter transcorrido com tranquilidade, dois trens com cerca de 50 passageiros ficaram bloqueados por conta dos alagamentos nas vias férreas. O presidente da região da Ligúria, Claudio Burlando, disse que declarará estado de emergência até a próxima sexta-feira. Ele também calculou que os danos podem superar os 300 milhões de euros (R$ 900 milhões).
Vários artistas e atletas italianos têm demonstrado solidariedade à população de Gênova, como o ator e diretor Roberto Benigni. "Há uma incredulidade com o que acontece em Gênova, principalmente em relação às causas do desastre. Há uma praga sobre aquela cidade, uma punição vinda não de Deus, mas dos homens".
O presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Carlo Tavecchio, demonstrou apoio à população, em nome da "seleção do país e de todos os jogadores". Em forma de apoio, foi marcado para 18 de novembro um amistoso entre Itália e Albânia em Gênova.