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União Europeia autoriza operação naval no mar Mediterrâneo, diz a italiana Federica Mogherini

A alta representante da União Europeia para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, afirmou em sua conta no Twitter que o bloco autorizou a criação de uma missão naval para destruir embarcações ilegais usadas por traficantes de seres humanos no mar Mediterrâneo.

 

"A decisão de estabelecer uma missão naval europeia para acabar com o modelo de negócios dos contrabandistas e das redes de traficantes no Mediterrâneo foi apenas tomada", escreveu a chefe de diplomacia da UE. Segundo ela, o quartel-general da operação será em Roma e seu comando foi confiado ao almirante italiano Enrico Credendino. As primeiras operações do bloco devem começar no dia 22 de junho.

 

Mogherini já tinha voltado a defender a responsabilidade compartilhada dos países do bloco na questão da crise imigratória e o projeto de redistribuição de imigrantes em território europeu.

 

"Compartilhar a responsabilidade do que fazemos com as pessoas que salvamos é parte integrante da estratégia da UE para a imigração", disse Mogherini, rebatendo os questionamentos levantados pelo premier francês, Manuel Valls, sobre o programa de redistribuição de imigrantes resgatados na costa europeia.

 

"Espero que os Estados-membros da UE, os mesmos que pediram para o bloco agir com velocidade e eficácia nesta crise, permitam que a Europa seja eficiente em todos os aspectos: nas operações navais, no salvamento de vidas no mar e na gestão das vidas que salvamos", defendeu a italiana.

 

Na semana passada, Mogherini apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um plano de ação para mudar a estratégia do bloco europeu frente à crise imigratória, que provoca dezenas de naufrágios semanalmente.

 

No dia 14 de maio, a Comissão Europeia aprovou a chamada "Agenda para Imigração", que prevê medidas contra o problema que atinge principalmente a Itália, a qual serve de porta de entrada para imigrantes.

 

Em suma, a agenda se baseia em quatro pontos: ajuda para nações de origem e para o trânsito de imigrantes; controle das fronteiras ao sul da Líbia; missões de segurança e defesa contra os traficantes e; o mais controverso, a obrigatoriedade da subdivisão dos refugiados nos países-membros da UE, com base em um mecanismo de cotas.

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