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Berlusconi defende parceria com Alitalia e Air France-KLM e gera polêmica

O premier italiano, Silvio Berlusconi, recebeu críticas da oposição ao declarar que "blasfema quem afirma que a Air France-KLM estava disposta", em um primeiro momento, "a assumir 4 bilhões da dívida da Alitalia".

Durante a campanha eleitoral, Berlusconi se opôs a um projeto de acordo entre a companhia franco-holandesa e a Alitalia, invocando a "italianidade" da companhia, que estava a ponto de falir. O acordo era defendido pelo então premier, Romano Prodi. Acreditava-se que a Air France-KLM estaria disposta a assumir as dívidas da Alitalia.

Depois de vencer as eleições, Berlusconi defendeu um projeto de resgate da Alitalia, por meio do consórcio de empresários italianos Companhia Aérea Italiana (CAI). No dia 12 de janeiro deste ano, o premier aceitou a proposta da Air France-KLM de comprar 25% das ações da Alitalia por um valor de cerca de 330 milhões de euros.

 

O acordo foi criticado pela oposição, que alega que a primeira proposta da companhia franco-holandesa atendia melhor aos interesses da Itália. "Depois de descobrir a armadilha, Berlusconi fica nervoso", declarou Andréa Martella, membro do Partido Democrata (PD).

Martella enfatizou que "é evidente que o premier começa a entender que os italianos compreenderam perfeitamente o que foi a operação Alitalia-Air France e, como sempre, quando fica entre a espada e a parede, (Berlusconi) se excita e se desvaira".

"É totalmente evidente que os cidadãos pagam 4 bilhões de euros de dívida da Alitalia e que a companhia foi mal vendida", comentou Martella, referindo-se à parte não rentável da Alitalia, que ficou nas mãos do Estado italiano.

As criticas também vieram do deputado Gian Luca Galletti, do partido União Democrática de Centro (UDC). "Dizemos ao premier que, sobre a Alitalia, o nosso argumento não é uma blasfêmia e que o seu é uma mentira", atacou o parlamentar de oposição.

"A italianidade 'temporária' do que fica da Alitalia custará aos contribuintes mais de 3 bilhões de euros, que são os custos das dívidas que continuam sendo propriedade do Estado", acrescentou Galletti.

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