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Silvio Berlusconi garante que “ninguém ficará desamparado”

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, garantiu que não deixará desamparadas as vítimas do terremoto que atingiu o centro do país na madrugada desta segunda-feira e enfatizou que "este não é o momento de discutir", mas sim de agir.

 

Em entrevista coletiva, concedida na cidade de Áquila, na região de Abruzzo, o premier explicou que "não existem dados científicos para prevenir os tremores" e que, "agora, é preciso pensar em resolver a situação e depois em como prevenir".

 

Berlusconi chegou nesta tarde à cidade e, antes da coletiva, sobrevoou de helicóptero as áreas atingidas pelo terremoto, registrado às 3h32m locais (22h32m no horário de Brasília), que deixou pelo menos 92 mortos e cerca de 50 mil desabrigados.

 

O premier, que antes de viajar decretou estado de emergência, enfatizou que "agora é preciso reagir aos fatos com as ações. Quando tivermos colocado as coisas em ordem, poderemos começar a discutir a previsibilidade deste terremoto".

 

Sobre o apoio de líderes mundiais, Berlusconi disse ter recebido telefonemas de solidariedade de várias autoridades, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Recebi um telefonema de solidariedade do presidente norte-americano Obama e do russo [Dmitry] Medvedev, assim como de muitos outros chefes de Estado e de Governo", contou.

 

Segundo ele, "quatro mil pessoas e mil unidades estão trabalhando" nas tarefas de socorro às vítimas e, "no momento, os esforços estão concentrados em retirar as pessoas" soterradas sob os escombros.

 

"Uma coisa fundamental que quero dizer é que ninguém ficará desamparado", afirmou o primeiro-ministro, garantindo que "não haverá problemas" econômicos para realizar os trabalhos de socorro e que o governo italiano já entrou em contato com a União Europeia (UE) para utilizar o Fundo de Solidariedade (FSUE) para as catástrofes naturais.

 

O FSUE conta com um orçamento anual de um bilhão de euros, dos quais 75 milhões estão disponíveis para auxiliar os países do bloco e seus aliados.

 

Até o momento, foram registrados pelos menos 1.500 feridos pelos grupos de socorro que estão trabalhando na área atingida pelo terremoto.

 

"Entre as vítimas (mortais) estão também dois estudantes, um deles proveniente da República Tcheca", contou Berlusconi que explicou que todos os edifícios públicos na cidade de L'Aquila estão inutilizados devido a abalos na estrutura, alertando ainda a população para os riscos de desabamento.

 

"A mensagem que dirijo aos cidadãos de L'Aquila é que não fiquem nas casas", frisou o premier que lembrou que "não há ninguém que possa dizer que não ocorrerão outros tremores nas próximas horas ou nos próximos dias".

 

O chefe de Governo da Itália garantiu também que "todas as estruturas" do Estado foram "imediatamente mobilizadas" para ajudar a região.

 

Após a coletiva, Berlusconi retornou a Roma, onde se reúne no fim do dia com os ministros italianos para discutir as medidas que o governo adotará para atender as vítimas e ajudar a região de Abruzzo.

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