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Adolescentes podem se vacinar sem autorização dos pais na Itália

O Comitê Nacional de Bioética (CNB), órgão ligado ao governo da Itália, emitiu um parecer em que afirma que a vontade do adolescente deve prevalecer quando o assunto é vacinação contra a Covid-19.

Atualmente, quem tem mais de 12 anos pode receber doses do imunizante Pfizer/BioNTech ou Moderna para se proteger contra a doença.

“O CNB considera que a vacinação dos adolescentes pode proteger a sua saúde e contribuir com a contenção da disseminação do vírus na ótica da saúde pública, em particular, em vista do retorno às aulas”, diz o comunicado oficial.

Destacando que é preciso “ter formas de comunicação adaptadas à idade”, o Comitê ressalta que tantos os jovens como seus genitores devem receber informações importantes sobre a vacina e que é preciso “uma campanha de ações de sensibilização e de educação dos pais e dos professores, com iniciativas da escola”.

“É importante escutar o adolescente e valorizar o direito de exprimir sua escolha, em relação a sua capacidade de discernimento. Se a vontade do menor de vacinar-se está em contraste com a dos genitores, o Comitê retém que o adolescente deve ser ouvido por um profissional médico com competências pediátricas e que a sua vontade deve prevalecer, no que tange ao melhor interesse de sua saúde psicofísica e de saúde pública”, acrescenta a nota.

No entanto, no caso oposto, quando o adolescente não quer receber o imunizante, o CNB recomenda que ele seja informado sobre os benefícios de se proteger tanto no “interesse de sua saúde, da saúde de pessoas próximas e da saúde pública”.

Caso ele se negue mesmo assim, “do ponto de vista da bioética, não se deve proceder à obrigação de vacinação no caso de falta de lei, mas ativar medidas para proteger a saúde pública”.

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