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ATENTADO FRUSTRADO: Polícia desarma pacote-bomba na Embaixada da Grécia em Roma

A polícia da Itália desarmou nesta segunda-feira um pacote-bomba encontrado na Embaixada da Grécia em Roma. Outros dois supostos pacotes-bombas encontrados nas embaixadas da Venezuela, da Dinamarca e de Mônaco foram falsos alarmes, disse a polícia.

O esquadrão de bomba foi enviado às pressas à sede diplomática grega na capital italiana para avaliar o pacote-bomba.

Em Atenas, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Gregoris Delavekouras, disse que ninguém ficou ferido, em parte por causa das medidas de segurança implementadas desde quinta-feira passada (23) –quando pacotes-bombas foram entregues nas embaixadas do Chile e da Suíça na mesma cidade.

"A embaixada foi esvaziada e a equipe se reuniu com certa distância do prédio para que todos pudessem ser contabilizados", disse Delavekouras.

"Eles já ampliaram as medidas de segurança na embaixada grega e outras embaixadas, então o procedimento a ser seguido estava claro. A questão agora está nas mãos da polícia italiana", completou.

A polícia afirmou que o explosivo encontrado nesta segunda-feira é similar aos utilizados nos ataques às embaixadas chilena e suíça.

Desde as bombas da semana passada, houve ainda falsos alarmes nas missões diplomáticas da Irlanda e da Ucrânia.

EXPLOSÕES

O grupo anarquista italiano Federação Anarquista Informal (FAI) reivindicou a autoria das explosões de pacotes-bomba que atingiram as embaixadas do Chile e da Suíça em Roma, ferindo gravemente um diplomata suíço. Também atingido, um funcionário chileno já está fora de perigo.

Uma nota encontrada junto ao diplomata chileno ferido durante os ataques foi divulgada no início da noite pela polícia italiana, ligando as explosões à FAI.

"Nós decidimos fazer nossa voz ser ouvida com palavras e fatos; nós destruiremos o sistema de dominância; vida-longa à FAI; vida-longa ao anarquismo", dizia a nota.

Em relatório enviado ao Parlamento da Itália no ano passado, os serviços de inteligência do país consideraram o grupo como "a principal ameaça terrorista nacional do tipo insurgente-anarquista".

Em 5 de outubro passado, uma bomba incendiária foi deixada em frente à Embaixada Suíça em Roma. O explosivo não detonou, mas levava junto uma mensagem: "Costa, Silvia e Billy livres" –em referência aos três ativistas anarquistas presos em abril em Zurique, acusados por um atentado contra uma multinacional.

Em novembro, vários pacotes-bomba foram interceptados pela polícia na Grécia, endereçados ao Parlamento e a líderes estrangeiros. A polícia suspeitava já na época da ação de grupos anarquistas.

A Bulgária chegou a decretar "código vermelho", alerta máximo de controle e segurança em todas as agências de correio, após detectar um suposto pacote-bomba destinado ao embaixador de Israel no país.

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