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Berlusconi pede regras para mercados financeiros

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, defendeu hoje, regras mais eficazes para regular o funcionamento dos mercados financeiros, em uma carta enviada os líderes da cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) que terá início amanhã em Seul, capital da Coréia do Sul.

"Acredito seja necessário definir e atuar regras melhores e uma vigilância mais eficaz sobre o funcionamento dos mercados financeiros e sobre o comportamento dos operadores, aumentar a transparência dos mercados e reduzir o uso excessivo da demanda financeira, tanto como resposta à crise, como para fundar o crescimento econômico global sobre bases mais sólidas", escreveu o premier.

Segundo Berlusconi "a cúpula de Seul é o momento certo para tomar estas decisões". "Um quadro normativo mais transparente e eficaz deve ser parte integrante do nosso esforço complexo para a promoção da segurança energética e alimentar. Acredito, portanto, que em Seul nós, líderes do G20, devemos fazer pressão para que sejam tomadas ações imediatas e incisivas", se lê na carta.

Para o Chefe do Governo italiano "os efeitos devastadores da crise econômica e financeira nos levaram a definir reformas de notável importância a nível internacional. Mas de qualquer forma, a nossa missão ainda não foi finalizada e devemos continuar com determinação. Sobre isso, gostaria de destacar a importância de enfrentar os temas da especulação financeira e da manipulação dos mercados, em particular nos mercados das matérias primas".

"São questões de crucial importância: voltaram a tona amplas flutuações no preço das matérias primas, com um renovado e preocupante impacto sobre os países mais pobres, em particular na África. Também, os movimentos no preço do petróleo estão produzindo instabilidade econômica e financeira e podem ter efeitos negativos sobre a demanda global e no nível dos preços".

Os principais temas da cúpula do G20 serão a guerra cambial e os efeitos da desvalorização na economia global.

O presidente, Luis Inácio Lula da Silva, também participará da reunião junto com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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