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Bolsa de Milão despenca 17% e tem maior queda da história

A pandemia de coronavírus provocou a maior queda da Bolsa de Milão desde a criação do índice FTSE MIB, em 1998: o indicador despencou 16,9%, superando o recorde negativo de 24 de junho de 2016 (-12,48%), após o plebiscito do Brexit, e fechou em 14.894 pontos.

Outras bolsas europeias também despencaram por causa do temor do mercado em relação ao coronavírus: Paris e Frankfurt caíram 12,2%, enquanto Londres sofreu queda de 10,9%.

O mercado já havia começado o dia em baixa, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado pandemia (epidemia global) do Sars-CoV-2, mas se agravou após a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter anunciado um pacote de estímulos à economia da zona do euro.

As medidas incluem o reforço do “quantitative easing” (“flexibilização quantitativa”), o QE, programa do BCE que prevê a compra de 20 bilhões de euros por mês em títulos públicos na área da moeda comum. Segundo Lagarde, o QE ganhará uma injeção extra de 120 bilhões de euros até o fim do ano, o que equivale a uma média de 12 bilhões de euros a mais por mês, desconsiderando janeiro e fevereiro.

Os investidores, no entanto, consideraram o pacote tímido, já que o Banco Central Europeu manteve inalteradas suas taxas de juros. O Movimento 5 Estrelas (M5S), maior partido governista da Itália, chamou a coletiva de imprensa de Lagarde de “desastrosa”.

“Ela não apenas fracassou em seu objetivo de tranquilizar os mercados, mas, ainda pior, alimentou o pânico nas bolsas mundiais e uma pressão nunca vista em títulos de Estado”, diz uma nota da delegação do M5S no Parlamento Europeu. O partido também afirmou que a francesa deve fazer um “mea culpa” e declarar publicamente que o BCE está pronto a apoiar a economia real ou então renunciar.

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