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Câmara dá aval final, e navios de cruzeiro são banidos do centro histórico de Veneza

A Câmara dos Deputados da Itália deu o último aval ao decreto que proíbe a passagem de navios de grande porte, incluindo cruzeiros, pelo centro histórico de Veneza.

No plenário foram 363 votos a favor, 15 contrários e quatro abstenções do projeto que determina a área como monumento nacional. Com isso, o decreto firmado pelo premiê Mario Draghi virou lei.

O texto estabelece uma condição temporária, até 30 de junho de 2023, para que os navios não passem pela Bacia de San Marco e pelo Canal de Giudecca. Durante esse período, as embarcações devem ser direcionadas para o porto de Marghera, na parte continental da cidade.

Enquanto isso, há um concurso internacional de ideias para dar uma solução definitiva para a questão, que se arrasta há muitos anos. A cidade, inclusive, correu o risco de entrar na lista de patrimônios da humanidade em risco da Unesco, fato que foi evitado em julho por conta do decreto de Draghi.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, comemorou a aprovação final e ressaltou que a lei “marca um ponto firme no percurso de proteção e salvamento da cidade de Veneza, que há anos estamos tentando levar adiante e que finalmente encontrou no presidente do Conselho [de Ministros], Mario Draghi, um sério aliado”.

Segundo Brugnaro, com a aprovação, será possível “acelerar as intervenções para as medidas temporárias para os grandes navios na área de Marghera” e também “vigiar juntos o cronograma de trabalhos” previstos até 2023 para que mais uma vez as coisas não fiquem apenas “nas palavras”.

A fala do prefeito refere-se a dois outros projetos aprovados em âmbito nacional, em 2013 e 2017, mas que nunca saíram do papel e que também previam o desvio dos navios para Marghera.

O temor tanto dos ativistas, como da Unesco e de muitos cidadãos locais é que o frágil ecossistema de Veneza e de sua lagoa sucumbisse com a presença cada vez mais constante de navios gigantes, com milhares de toneladas, na Lagoa de Veneza. Além dos danos provocados pela movimentação, alguns acidentes dos barcos com construções antigas também geravam protestos.

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