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ECONOMIA: Governo italiano aprova pacote anti-crise

O governo italiano tomou uma série de medidas para alavancar a economia nacional, que há meses está estagnada. 

O Conselho de Ministros deu sinal verde ao projeto de lei constitucional para alterar alguns artigos referentes à liberdade das empresas, da administração pública e das entidades locais, e também aprovou um decreto legislativo para conceder incentivos. 

"É a nova fase de trabalho do governo, cujo objetivo é tomar medidas para fortalecer a economia, seu crescimento e desenvolvimento. Não é um feito italiano, mas de toda a Europa", comentou o primeiro-ministro Silvio Berlusconi em uma coletiva à imprensa no Palácio do Governo após uma reunião de gabinete. 

A Itália é "o terceiro maior contribuinte da Europa e estamos em segundo lugar quanto à solidez do sistema econômico", acrescentou o premier. 

"Haverá novidades positivas para o crescimento da economia e do país. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é esperado em 1,5%", afirmou. Ele também reivindicou a nova lei da estabilidade e disse acreditar que "este será um grande mérito". 

De acordo com o premier, "todas as iniciativas tomadas pelo governo" tem sido avaliadas positivamente na Europa e pelas agências de rating" e evidenciam como "nossa preocupação é conter a despesa pública", ao contrário do que ocorreu no governo anterior. 

No fim de 2010, o Instituto Italiano de Estatísticas (Istat) registrou uma alta de 1,1% no PIB durante o ano e seus analistas previam que não seriam necessárias novas intervenções na economia, mas sim "um monitoramento rigoroso das despesas e entradas", conforme avaliou Olli Rehn, Comissário dos Assuntos Econômicos da União Europeia (UE).

No ano passado, o setor educacional foi o primeiro alvo dos ajustes das contas públicas na Itália, com a votação da reforma universitária, que entre outras medidas previa o corte do fundo de financiamento ordinário. A medida levou estudantes de todo o país às ruas para protestar contra o projeto. 

O lançamento das medidas para conter os efeitos prolongados da crise econômica mundial ocorre no mesmo dia em que a Procuradoria de Milão apresenta o pedido de julgamento imediato do primeiro-ministro, acusado de extorsão e prostituição de menores.

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