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ELEIÇÕES GERAIS NA ITÁLIA 2013: Participação de uruguaios deve ser alta

A coletividade italiana residente no Uruguai se prepara para uma grande participação nas eleições legislativas dos próximos dias 24 e 25, a poucos dias do fim do prazo para o envio do voto pelo correio.

Os ítalo-uruguaios apresentam cinco candidatos ao Parlamento italiano, que integram as listas por partidos políticos ou movimentos associativos pela América do Sul.

Renato Palermo, pelo Partido Democrático (PD) e Graziano Pascalepela Unione Sudamericana Emigrati Italiani (Usei) almejam uma cadeira no Senado, enquanto que Filomena Narducci (PD), Enzo Bacchia(Italiani per la Libertà) e Aldo Lamorte ( Movimiento Asociativo Italiani All'Estero) se postulam na Câmara. "Votar é um dever, mas também uma obrigação moral pelo fato de ser italianos, ter um passaporte italiano e também ser europeus", disse à ANSA a cônsul em Montevidéu, Cinzia Frigo, ao convocar todos às urnas.

A diplomata disse que "quanto mais gente votar nesta eleição, mais forte será o sinal de italianidade e a presença da comunidade italiana" no país.

"Cada cidadão italiano é um cidadão europeu e é uma oportunidade para que cada residente italiano seja parte de uma Europa, de uma Itália e de uma maneira de ser que o caracteriza", acrescentou Frigo, que espera uma elevada taxa de participação (como nas eleições anteriores), mesmo admitindo um certo desânimo por conta da crise que "não é apenas italiana, mas europeia".

No Uruguai estão registrados 75 mil cidadãos italianos, em uma população de 3,2 milhões e, em eleições anteriores, por exemplo em 2006 e 2008, a taxa de votação ultrapassou 50%, uma das maiores da região.

"Temos fé de que a participação será elevada, porque o uruguaio tem cultura cívica", disse Palermo à ANSA, um calabrês de 60 anos, com vasta experiência de trabalho em patronatos e no Comites (Comitato degli Italiani all'Estero) local, e como representante do CGIE (Consiglio Generale degli Italiani all'Estero).

Apesar do pouco tempo e da época do ano (férias de verão), na campanha não faltaram propostas e debates entre os candidatos.

Pelo PD "promoveremos o Sistema Itália, ou seja, a pequena e média empresa (PME) no exterior, assim como a difusão da cultura e da língua italianas, por serem elementos que fortalecem os laços", disse Palermo.

Apesar da divulgação da língua italiana, do fortalecimento da rede consular e da assistência à saúde para os residentes no exterior com menos recursos serem propostas compartilhadas e até repetidas por todos os candidatos em todas as eleições, desta vez, também surgiram ideias "inovadoras".

Por exemplo, Pascale, um advogado e jornalista de 58 anos, defende promover o espanhol como segunda língua na Itália, reservar uma cota de 2% em empregos públicos na Península para residentes na América do Sul e que a Alitalia retorne a voar ao Uruguai depois de 40 anos, segundo o candidato disse à ANSA.

Já Bacchia, um comerciante de 50 anos (o candidato mais jovem) disse à ANSA que impulsiona a criação de um Ministério para os Italianos no Exterior e que o posto seja ocupado por um cidadão dessa condição, aumentar de 2% para 10% a representação parlamentar dos não-residentes e incentivar o retorno de empresas na Itália por meio de isenções fiscais.

O prazo para enviar o voto pelo correio expira na próxima quinta-feira (21), em uma eleição que vai definir para a América do Sul dois senadores e quatro deputados.

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