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Eleições regionais na Itália causam tensão em coalizão de Meloni

As eleições regionais que serão realizadas durante o ano de 2024 na Itália já estão provocando tensão na coalizão do governo nacional, principalmente entre os partidos da primeira-ministra Giorgia Meloni e de seu vice-premiê e ministro de Infraestrutura, Matteo Salvini.

Os pleitos vão acontecer em cinco regiões do país – Abruzzo, Basilicata, Piemonte, Sardenha e Úmbria – e em 3,7 mil municípios, mas somente a votação na Sardenha, marcada para 25 de fevereiro, tem causado um duro cabo de guerra entre o Irmãos da Itália (FdI) e a Liga.

O partido de Meloni quer o prefeito de Cagliari, Paolo Truzzu, como candidato, enquanto que a legenda de Salvini apoia a confirmação do atual governador regional, Christian Solinas, que lidera a região desde 2019.

“A Liga é a favor da reconfirmação de todos os governadores cessantes, se não fosse o caso de uma região, as decisões sobre todas as outras seriam reabertas”, afirmou o subsecretário da Liga, Andrea Crippa, ao jornal “Il Corriere della Sera”.

Segundo ele, “uma coalizão só pode pensar em termos gerais”, principalmente porque, “se raciocinarmos peça por peça, tudo desmorona”.

Além disso, Crippa destacou que “o Irmãos da Itália deve ter a ambição e o objetivo de conquistar as quatro regiões (Emilia-Romagna, Toscana, Campânia e Puglia) administradas pelo centro-esquerda em 2025, indicando os seus melhores homens como candidatos”.

Já a sigla de Meloni insiste que o nome de Truzzu “é oficial”, segundo confirmação da coordenadora do partido, Antonella Zedda, que alertou a Liga que se quiser “cortar as pontes com o centro-direita, à frente”.

“Buscamos o diálogo, como sempre fizemos, obtivemos uma grande maioria na nossa proposta e agora temos que trabalhar para apoiar a candidatura de Paolo Truzzu”, acrescentou ela. Para o ex-prefeito de Cagliari Massimo Zedda, no entanto, os dois candidatos são fracos. “Quem é mais forte entre Truzzu e Solinas? São duas fraquezas. Entre os muitos possíveis candidatos, a centro-direita corre o risco de confirmar o atual governador que tem uma opinião negativa dos sardos e do atual prefeito de Cagliari que não goza de consenso nem na sua cidade. Com uma figura moderada teriam mais consenso”, concluiu ele.

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