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Em última carta, Berlusconi reclama de “procuradores jacobinos”

O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, morto aos 86 anos de idade, reclamou em sua última carta de um suposto “ódio ideológico” da magistratura.

Envolvido em diversos processos judiciais ao longo de sua trajetória, o líder conservador foi condenado em 2013 a um ano de serviços sociais por fraude fiscal, sentença que o deixou inelegível até 2018, mas também acabou absolvido em julgamentos por prostituição de menores e corrupção de testemunhas.

“Nos últimos 20 anos da história italiana, assistimos a muitos casos judiciais carregados de ódio ideológico e a uma forma de luta política que utilizou as procuradorias jacobinas da magistratura para deslegitimar adversários políticos”, disse Berlusconi em uma carta mandada em 3 de junho a Giovanni Paolo Bernini, ex-parlamentar de seu partido, o Força Itália (FI).

A correspondência foi enviada por ocasião do lançamento de um livro no qual Bernini relata sua absolvição em um processo na Itália. “Soube da família [de Berlusconi] que foi a última carta escrita e enviada por ele e a considero um testamento político importante sobre a Justiça”, contou o exparlamentar.

Na carta, Berlusconi ainda afirmou que os destinos de muitos governos locais e nacionais foram “abatidos com a arma judiciária para distrair a atenção das reais necessidades dos cidadãos”.

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