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FMI alerta primeiro-ministro italiano Matteo Renzi sobre desemprego e dívida na itália

O Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu sua missão anual na Itália, e o relatório final apresentado pelo órgão sobre a economia do país inclui uma série de alertas para o governo de Matteo Renzi, embora reconheça qualidades nos projetos de reforma defendidos pelo premier.

"A recuperação italiana segue frágil e o desemprego está em níveis inaceitáveis, com a consequente necessidade de intervenções rápidas e corajosas", diz o documento. Além disso, o FMI pede um reequilíbrio do orçamento para reduzir as alíquotas fiscais na Itália e aumentar os investimentos produtivos. Com isso, segundo o fundo, seria possível sustentar o crescimento da economia.

"A política orçamentária deve assegurar o delicado equilíbrio entre colocar a relação dívida / Produto Interno Bruto [PIB] em um caminho de redução e evitar que um aperto excessivo inviabilize a recuperação do país", ressalta o relatório. O FMI também disse que a Itália precisa ter um sistema judiciário mais eficiente, destacando que a Justiça leva atualmente mais de mil dias para fazer alguém respeitar um contrato assinado.

Segundo a instituição financeira, isso pode ser feito por meio da revisão das despesas processuais, da limitação do número de recursos e da elaboração de indicadores de desempenho para avaliar o trabalho de todos os tribunais, além do incentivo ao uso da mediação para resolver querelas judiciárias.

Contudo, o fundo elogiou as reformas propostas nos últimos meses pelo premier Matteo Renzi. Entre outras coisas, o primeiro-ministro colocou em debate a redução do imposto de renda para pessoas físicas, uma nova lei eleitoral e uma drástica diminuição dos poderes do Senado. No entanto, a medida mais festejada pelo órgão foi a aprovação de um projeto pela Câmara dos Deputados em fevereiro passado que dá ao governo o dever de intervir no sistema fiscal para simplificá-lo.

"O programa de reformas de Renzi é ambicioso e fornece um quadro apreciável para melhorar o sistema fiscal", diz o FMI.

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