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Gaúcho adotado por italianos volta ao Brasil para procurar por mãe biológica

Um brasileiro adotado por italianos voltou ao Brasil 33 anos depois de seu nascimento para tentar encontrar sua mãe biológica, em Porto Alegre.

 

A busca, entretanto, tem data certa para terminar. No dia 31 de março, Roberto Salin precisará retornar à Itália. A advogada Aline Moresco, procuradora de Salin no Brasil, contou à imprensa a história do rapaz.

 

No dia 25 de dezembro de 1976, a mãe adotiva de Salin, a italiana Marcella Boscato Salin, entrou em trabalho de parto na Santa Casa de Porto Alegre, mas sua filha nasceu morta. No dia 29 de dezembro, ainda em recuperação no hospital, Marcela soube do caso de um recém-nascido abandonado por uma adolescente no mesmo hospital.

Por intermédio das religiosas que atuavam na instituição, Marcela e o marido, Amilcare Salin, conseguiram ficar com o menino, registrando-o como filho legítimo. Na época, a família morava na capital gaúcha. Cinco anos após seu nascimento, Salin foi levado pelos pais adotivos para a cidade italiana de Vicenza. Ele só descobriu que era adotado aos 13 anos, por acaso. Ao estudar os tipos sanguíneos na escola, percebeu que o seu não combinava com o dos pais. 

 

Desde então, Salin deseja encontrar suas origens. Segundo a advogada, ele economizou durante 8 anos para vir ao Brasil. Sem falar português, o rapaz iniciou a procura de seu passado em Porto Alegre no início de março. Como precisa retornar ao trabalho em abril, corre contra o tempo. “Ele fala que para voltar a Porto Alegre de novo, seriam necessários no mínimo mais 4 anos de economias”, diz Aline.

Salin e a advogada, que se conheceram por intermédio de uma amiga em comum, estiveram no arquivo da Santa Casa, mas não obtiveram informações sobre a mãe biológica. Conforme anotações da época, Roberto teria nascido às 13h15 de 29 de dezembro, com 2,5 quilos, de cesariana. 

 

A Santa Casa de Porto Alegre informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os registros do nascimento de Roberto Salin não podem ser fornecidos a ele. Como se trata de um prontuário médico, Salin poderia ter acesso a ele apenas com autorização da paciente.

Salin ainda não fez planos, para o caso de encontrar sua mãe. Só quer conhecê-la e, se possível, tirar uma fotografia. “Ele só quer vê-la, nem que depois ela diga ‘tchau’ e eles não se encontrem mais”, diz Aline. (Fonte: O Globo)

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