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Governador da Região da Campania, no sul da Itália, é investigado por compra de votos

O governador da Campânia, Vincenzo De Luca, está sendo investigado pela Procuradoria de Nápoles por um suposto esquema de compra de votos no referendo constitucional da Itália, votado no dia 4 de dezembro.   

Segundo as primeiras informações, De Luca teria afirmado em um encontro com cerca de 300 prefeitos em um hotel de Nápoles, em 15 de novembro, que eles deveriam votar "sim" no referendo e instigar a população de suas comunas a fazer o mesmo em troca de "vantagens".   

"Enviem-me fax com números realistas dos votos pelo 'sim'. Façam um porta a porta e não pensem em outra coisa", teria dito De Luca aos presentes. Agora, os procuradores estão interrogando as pessoas que acompanharam o evento para ver se houve, de fato, alguma coação ou ato ilícito.   

De qualquer maneira, a "pressão" do membro do Partido Democrático (PD) não funcionou porque, na Campânia, o voto pelo "não" atingiu quase 70%.   

"Quando você tem a consciência tranquila, a gente vai adiante ou vai morrer com avisos de garantia enquanto os cidadãos não tem sequer os serviços essenciais", disse De Luca ao ser questionado por jornalistas na inauguração de serviços em um hospital.   

Essa não é a primeira vez que o governador é investigado pela Procuradoria. Atualmente, há uma ação em Roma contra ele e outras seis pessoas por ter agido de "maneira corrupta" em atos judiciais. Até mesmo antes das eleições, em junho deste ano, De Luca precisou aguardar uma autorização da Justiça para poder concorrer ao pleito – já que havia sido condenado em primeira instância a um ano de prisão por abuso de poder.   

Ainda em novembro deste ano, ele voltou aos holofotes por dizer que a presidente da Comissão Antimáfia da Câmara dos Deputados da Itália, Rosy Bindi, merecia ser "assassinada".

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