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Itália critica nacionalização da petrolífera YPF por parte do governo argentino

A expropriação da maior parte das ações da espanhola Repsol sobre a petrolífera YPF por parte do governo argentino foi condenada pelas autoridades da Itália.

Em carta a Cristina Kirchner divulgada pela imprensa, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, demonstrou cautela com a presença do grupo de energia italiano Enel no país latino e criticou as medidas protecionistas que vem sendo adotadas por Buenos Aires.
Monti recordou o pedido da Enel para que a Argentina "cumpra as condições para poder continuar operando no país, com as próprias sociedades e distribuição e geração elétrica".

O grupo Enel é proprietário da operadora Edesur, filial da empresa espanhola Endesa, e, segundo o premier italiano, as duas "sofrem problemas de liquidez que poderiam conduzi-las em breve à insolvência".

No entanto, ele garantiu que a empresa italiana "tem intenções de continuar seus investimentos na Argentina, ajudando o crescimento do país".

"Mas, para poder fazê-lo, são necessárias medidas imediatas que a permitam superar tão delicado momento e, no médio prazo, ações estruturais dirigidas para restaurar um funcionamento sustentável do mercado elétrico".

O chefe de Governo da Itália ainda citou em sua carta as medidas protecionistas adotadas por Cristina que têm impedido a entrada de produtos importados no país, e avaliou que essa política "complica e desalenta as relações econômicas bilaterais, terminando por ser prejudiciais para todos".

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