A Polícia de Estado da Itália realizou uma operação contra líderes e expoentes do Movimento dei Forconi (Movimento dos Forcados), formado por trabalhadores do setor agrícola e ligado à extrema-direita.
Segundo os investigadores, os alvos da ação planejavam difundir uma “ordem de captura popular”, na qual os cidadãos seriam convidados a “prender” todos os parlamentares, membros do governo e até o presidente da República, Sergio Mattarella.
A operação foi conduzida em diversas províncias do país, como Ascoli, Campobasso, Como, Florença, Latina, Roma, Taranto e Treviso, e incluiu mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados.
“Sequestraram meu computador para encontrar algo subversivo.
Fomos nós a apresentar denúncias contra os políticos, que ocupam seus cargos de forma abusiva. Era apenas uma provocação, e esperávamos uma reação como essa”, disse Danilo Calvani, um dos alvos da Polícia e líder do Movimento 9 de Dezembro, a facção mais ativa dos Forconi.
Contudo, o comando da organização agrícola diz que muitos dos investigados não têm “nada a ver” com o movimento. “São apenas uma ninhada de doentes mentais que denunciamos e estão convencidos de poder efetuar prisões”, afirmou o principal nome dos Forconi, Mariano Ferro.
Em dezembro passado, integrantes do movimento cercaram o deputado Osvaldo Napoli, do partido conservador Força Itália (FI), em Roma para realizar a primeira “prisão popular” de um político, mas os carabineiros agiram rapidamente para evitar a agressão. A partir daí, a Polícia descobriu que havia um plano para capturar representantes das instituições do país e declarar uma “revolta social”.