A audiência do processo contra o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, marcada para esta última sexta-feira em um tribunal de Milão, foi adiada para o dia 21 de março. O motivo foi a ausência do réu para os depoimentos, que está em Bruxelas (Bélgica) para uma reunião oficial da União Europeia (UE).
Os advogados do premiê apresentaram uma carta aos juízes com explicações do próprio Berlusconi. Ele confirmou sua intenção de estar de corpo presente nas audiências, mas que desta vez sua presença no encontro do Conselho da UE era indispensável.
O processo se refere a uma acusação de pagamento de propina para um de seus ex-advogados, a fim de que fosse absolvido em dos julgamentos pelos quais passou na década de 1990. Além disso, Silvio Berlusconi também é acusado de corrupção de menores e evasão de divisas.
Antigo aliado de Gadafi, Berlusconi reconhece "erro de cálculo" com ditador
Em Bruxelas, o chefe de governo da Itália falou sobre a revolta na Líbia. Ele afirmou que a pressão dos países da comunidade internacional fez com que o ditador Muammar Gadafi se sentisse acuado. Além disso, Berlusconi considera que é a renúncia voluntária é praticamente impossível.
"Uma vez que alguém lançou a ideia de levar Gadafi ao Tribunal Penal Internacional, acho que ele se aferrou à ideia de permanecer no poder, e não acho que alguém possa fazê-lo mudar de opinião", afirmou o primeiro-ministro, segundo a agência "Reuters". Antes do início da guerra civil no país islâmico, Silvio Berlusconi era o principal aliado do ditador líbio em sua tentativa de reabilitação na opinião pública mundial.
