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NOVO LOCKDOWN: Criação de zonas vermelhas” na Itália revolta governadores

A decisão do governo da Itália de dividir o país em três áreas de risco e colocar um quarto da população nacional em lockdown revoltou governadores de regiões definidas como “zonas vermelhas”, mas também incomodou aqueles que pediam medidas mais rígidas.

Contrário a uma nova quarentena de âmbito nacional, o primeiro-ministro Giuseppe Conte assinou um decreto que divide a Itália em áreas vermelhas, laranja e amarelas. As primeiras, onde a transmissão do vírus Sars  CoV-2 está descontrolada, contempla Lombardia, Piemonte e Vale de Aosta, no norte, e Calábria, no extremo-sul.

Os moradores dessas quatro regiões não poderão sair de casa a não ser por comprovados motivos de trabalho, necessidade ou saúde. Além disso, o comércio será fechado – com exceção de lojas de alimentos e gêneros básicos -, assim como restaurantes, que só poderão manter serviços de retirada e delivery.

“Os pedidos formulados pela região da Lombardia não foram sequer levados em consideração. Um tapa na cara da Lombardia e de todos os lombardos”, declarou o governador da região, Attilio Fontana, do partido de extrema direita Liga, que faz oposição a Conte.

A Lombardia continua sendo o epicentro da pandemia na Itália e tem hoje mais de 104 mil casos ativos do Sars CoV2, o que aumentou a pressão sobre UTIs e fez o governo local reabrir hospitais de campanha em Milão e Bergamo.

Já o governador do Piemonte, Alberto Cirio, que faz parte da coalizão liderada pela Liga, reclamou que não sabe por que sua região foi incluída nas “zonas vermelhas”. “Quero que alguém me explique a lógica dessa escolha, respeito o Estado, mas o Piemonte também merece respeito, bem como os piemonteses e as muitas empresas que talvez não reabram mais”, disse.

A distribuição das 20 regiões do país entre as três zonas de risco é prerrogativa do Ministério da Saúde, de acordo com os índices de transmissão do Sars-CoV-2 e parâmetros como número de internações, ocupação de leitos de UTI e percentual de casos positivos nos exames efetuados.

Para progredir para uma situação de menor risco, a região terá de apresentar pelo menos 14 dias de estabilidade nos dados da pandemia.

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