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OMS classifica de “inaceitável” lentidão de vacinação na Europa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou de “inaceitável” a lentidão da vacinação anti-Covid na Europa e alertou para os efeitos da terceira onda da doença..

“A lentidão da vacinação prolonga a pandemia. As vacinas não apenas funcionam, como também são altamente efetivas em prevenir a infecção. Porém, a aplicação de vacinas está inaceitavelmente lenta. E, enquanto a cobertura permanecer baixa, nós precisaremos aplicar as mesmas medidas públicas de saúde e sociais que usamos no passado, para compensar os atrasos”, disse o diretor para a Europa da OMS, Hans Kluge.

“Deixe-me ser claro: nós precisamos acelerar o processo aumentando a produção, reduzindo barreiras para administrar vacinas, e usar cada dose que nós temos em estoque, agora”, acrescentou no longo comunicado.

A OMS ressalta que, em números totais, apenas 10% dos moradores da Europa receberam ao menos uma dose das vacinas disponíveis e que 4% está totalmente imunizado com as duas doses necessárias.

Citando os dados atuais, a nota diz que na última semana os casos de Covid-19 voltaram a aumentar na maior parte dos países da Europa, com 1,6 milhão de novos contágios e cerca de 24 mil mortes, mantendo a região como a segunda mais afetada no mundo na pandemia de coronavírus Sars-CoV-2. Ao todo, o continente se aproxima de um milhão de vítimas e cerca de 45 milhões de contaminações.

“Há apenas cinco semanas atrás, o número semanal de casos na Europa tinha caído para menos de um milhão, mas agora, a situação da região é mais preocupante do que nós vimos em muitos meses. Há riscos associados com a crescente mobilidade e reuniões durante os feriados religiosos. Muitos países estão introduzindo novas medidas que são necessárias e todo mundo deve segui-las o máximo possível”, acrescentou o diretor regional para Emergências da OMS, Dorit Nitzan.

O texto da OMS ainda ressalta que a variante britânica do coronavírus (B.1.1.7) “é agora predominante na região”. Outro ponto de destaque é que, com exceção das pessoas com mais de 80 anos, o público que mais está imunizado no continente, há registro de aumentos de casos novos em todas as demais faixas etárias.

“A maior determinante sobre quantas pessoas serão infectadas ou quantas irão morrer nas próximas semanas é o que você faz como indivíduo – ou não faz. Nós já vimos isso várias e várias vezes: a disseminação do vírus pode ser parada. Minha mensagem para os governos da região é, portanto, que não é hora de relaxar medidas. Não podemos deixar de nos preocupar com o perigo. Nós fizemos muitos sacrifícios, mas não podemos deixar a exaustão vencer.

Devemos continuar controlando o vírus”, finaliza Kluge. A vacinação na Europa vem sofrendo bastante com os atrasos nas entregas de vacinas, especialmente, nos países da União Europeia. Apesar de ter contratos com milhões de doses garantidas, o processo de entrega pelas farmacêuticas está bastante lento.

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