A Liga do Norte, liderada por Umberto Bossi, propôs a criação de "exércitos" nas regiões italianas, com base no modelo da Guarda Nacional dos Estados Unidos, para intervir em casos de desastres naturais, atentados graves e problemas de ordem pública.
A proposta de lei sobre os chamados "batalhões regionais" da Liga, aliado-chave do governo conservador liderado por Silvio Berlusconi, rapidamente levantaram uma onda de polêmicas e reações em várias frentes, tanto na ala governista como na oposição.
O projeto prevê que os "batalhões" sejam integrados por voluntários militares e ex-militares com menos de 40 anos de idade.
Outro ponto importante da diretriz contempla a intervenção desses "batalhões" sobre as questões referentes ao respeito da ordem pública, quando solicitada pelo governo nacional ou pelos governadores das Regiões.
"Em nossa República falta uma ferramenta rápida e flexível para ser usada quando solicitada pelas autoridades regionais", diz a minuta do projeto de lei.
O texto também destaca que a criação desses "exércitos"permitiria que os "destacamentos operacionais das Forças Armadas ficassem liberados para o controle do território, função esta que só exercem em determinadas situações".
Os integrantes dos "batalhões" seriam treinados pelo Exército e pela polícia (os Carabineiros), e obrigados a prestar serviço um mês por ano, acrescenta o projeto de lei.
A proposta ressalta que o "corpo regional" comportaria até 20 mil homens atuantes, divididos em 20 grupos regionais, sob o comando de tenentes-coroneis.
Os uniformes seriam idênticos aos do Exército, mas cada homem teria um distintivo indicando a região onde atua.
