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Polícia da Itália prende supostos terroristas que queriam “atacar Roma e o Vaticano”

Uma ação entre a a Justiça e a polícia da Itália emitiu e efetuou seis mandados de prisão contra moradores das províncias de Lecco, Varese e Milão.

Um casal que morava em Lecco está desaparecido e os outros quatros já foram detidos por "associação e participação com finalidade de terrorismo internacional".

Segundo informação das autoridades, alguns das prisões falavam em possíveis atentados terroristas na Itália "com especial atenção para Roma", por causa do Ano Santo Extraordinário, também chamado de Jubileu, que foi convocado pelo papa Francisco. "Pelo Jubileu, há sede de peregrinação e é onde os peregrinos encontram a força para combater os islâmicos", disseram os envolvidos em ligações telefônicas grampeadas pela Justiça.

Entre os alvos da ação estão a italiana Alice Brignoli, 39 anos, e seu marido, o marroquino Mohamed Koraichi, 31. Ambos estão desaparecidos desde fevereiro de 2015, quando sumiram com seus três filhos de sete, seis e 1,5 anos e, meses mais tarde, reapareceram em vídeos do grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) na Síria.

Os dois estariam atuando também no recrutamento de aspirantes ao combate que moram na Itália. Prova disso, conforme as autoridades, foi a detenção de Abderrahim Moutaharrik, um jovem marroquino de 23 anos, residente na província de Varese. O jovem, que deveria se unir aos Koraichi, é irmão de Oussama Khachia, 30, que foi expulso da Itália em janeiro de 2015 por apologia ao EI em postagens no Facebook. Khachia teria se unido aos extremistas na Síria, depois de uma passagem pela Suécia, e morrido em combate no ano passado.

De acordo com a Procuradoria Distrital de Milão e a Procuradoria Nacional Antimáfia e Antiterrorismo, outro casal preso na ação – que vieram do Marrocos e tinham cidadania italiana, morando em Lecco – foi detido dias antes de embarcarem para a Síria com os dois filhos de dois e quatro anos.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, parabenizou a ação integrada. "Operação muito importante nesta manhã contra os extremistas que moram no norte. Meus cumprimentos aos ministros, Inteligência, investigadores e forças de segurança #todosjuntos", postou o premier em seu Twitter.

O ministro do Interior, Angelino Alfano, informou em entrevista para a mídia italiana que essas pessoas "estavam sendo induzidas a avaliar a hipótese de realizar atos violentos ou ataques na Itália". Já o procurador-adjunto de Milão, Maurizio Romanelli, revelou que houve o envio de uma mensagem, atribuída aos líderes do EI, no mês de abril que convidava seus membros a "efetuar atentados na Itália" através do chamados "lobos solitários" – aquelas pessoas que simpatizam com a causa, mas que não necessariamente foram treinados pelo grupos.

Os procuradores italianos informaram ainda que o material apreendido nas casas dos suspeitos poderá ajudar a "revelar a rede de contatos" do Estado Islâmico no país.

A Itália é constantemente ameaçada pelos jihadistas em vídeos e mensagens na internet. Inclusive até um "guia" de comportamento do grupo foi traduzido para o idioma italiano. Há dois dias, o diretor da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, James Clapper, afirmou em uma entrevista que havia "células adormecidas do EI" que estavam preparando ataques na Itália, Alemanha e Inglaterra – além dos tradicionais alvos França e Bélgica. (Fonte: Ansa)

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