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POLÍTICA: Giorgia Meloni obtém voto de confiança do Senado da Itália

O Senado da Itália aprovou a moção de confiança para a nova premiê Giorgia Meloni. Foram 115 votos a favor, 79 contrários e cinco abstenções, segundo informou em nota a Casa.

A líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália (FdI) já havia obtido a aprovação na Câmara dos Deputados um dia antes, com 235 votos a favor, 154 contrários e cinco abstenções.

As votações são um passo fundamental para permitir que o governo Meloni funcione plenamente e mostraram união do bloco de direita que, além do FdI, conta ainda com o ultranacionalista Liga e o conservador Força Itália.

Durante a sessão, Meloni apresentou o mesmo discurso que fez à Câmara e os debates entre os senadores se estenderam por mais de três horas e meia.

No momento das réplicas, a nova primeira-ministra falou sobre a crise energética, o apoio à Ucrânia na guerra com a Rússia e de medidas fiscais que serão tomadas pelo bloco que agora governa a Itália.

“Fui criticada por várias pessoas por ter buscado destacar uma manifesto programático. Alguns contestaram a escolha dizendo que os italianos não esperavam isso, mas respostas concretas. Concordo em parte. Mas sem ter uma visão, um manifesto, sem uma ideia da Itália a ser desenhada, também as respostas que serão dadas correm o risco de serem ineficazes”, disse em sua primeira fala.

Meloni ainda ressaltou que fará “tudo que for possível” para evitar que a “especulação” econômica afete ainda mais as contas de energia no país.

Sobre o gás natural, a líder política ainda disse que é “preciso ter medidas de médio prazo para tirar a Itália de uma dependência energética inaceitável”.

“Penso na extração de gás natural, penso que os recursos nacionais devem ser usados como pede a Europa. Apoiamos que a Europa dê respostas comuns. Mas estamos prontos também se a Europa não der respostas”, acrescentou, dizendo ainda que não é possível sair da “dependência da Rússia para virar dependente da China”.

Questionada sobre a postura italiana em relação à Ucrânia, a premiê reforçou que a “única possibilidade, desde que o mundo é mundo, para favorecer as negociações em conflitos é que haja um equilíbrio”.

“A menos que vocês queiram me dizer que haverá uma rendição, a paz é obtida continuando com o apoio à Ucrânia, permitindo que eles se defendam”, acrescentou após as polêmicas falas de seu aliado, o senador Silvio Berlusconi.

Após a votação, ao deixar o Senado, a primeira-ministra italiana afirmou que estava “obviamente satisfeita” com o voto de confiança.

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