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POLÍTICA ITALIANA: Silvio Berlusconi nega acordo com o partido “Liga Norte”

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, negou que faria um pacto com a Liga Norte, partido de direita aliado ao governo, para adiantar as eleições para o ano que vem em troca de concessões para aprovar reformas econômicas.

"Fazer o governo cair e iniciar a campanha eleitoral com um buraco de governabilidade de ao menos seis meses seria um dano grave para a Itália e aos italianos", argumentou o premier, rejeitando a hipótese levantada por alguns jornais italianos.

O chefe do Governo italiano afirmou, porém, que Umberto Bossi, líder da Liga, "é fiel e pensa como eu".

"O único pacto subscrito é o com os eleitores, o único que eu reconheço, pelo qual trabalharemos 18 meses para garantir os compromissos assumidos com a UE.

O resto é sonho da oposição e invenções dos jornais", acusou.

Berlusconi explicou que pediu à oposição que tenha um "sentimento de responsabilidade" com o país para "aprovar as medidas adotadas em Bruxelas", e não que tenha feito um "apelo por um governo de grandes arranjos, o que levaria à paralisia política". Ele condenou ainda os pedidos de demissão feitos pelos partidos opositores.

O premier viajou na quarta-feira para Bruxelas para apresentar uma carta de compromissos de seu governo para evitar que seu país se contagie com a crise e para participar do encontro de líderes da União Europeia (UE).

O documento entregue foi resultado de um consenso entre seu partido, o Povo da Liberdade (PDL) e a Liga Norte, que, após resistência, aceitou o aumento gradual da idade mínima de aposentadoria de 65 para 67 anos.

O governo italiano também se comprometeu a realizar obras de infraestrutura, um plano de liberalização da economia e aumentar o combate à evasão fiscal.

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