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POLÍTICA: Novo primeiro-ministro Mario Monti consegue formar novo governo na Itália

O economista e ex-comissário europeu Mario Monti conseguiu formar o novo governo do país, segundo informações da imprensa italiana.

A informação foi divulgada pela presidência, após um dia de negocições de Monti com os principais partidos políticos italianos e outras forças do país.

O novo premiê começou o dia se reunindo com a delegação do Partido Democrático (PD), principal movimento da esquerda italiana, representado por seu líder Pier Luigi Bersani, e com os chefes de grupo das duas Câmaras, Anna Finocchiaro e Dario Franceschini.

Depois, ele se encontrou com Angelino Alfano, secretário-geral do Povo da Liberdade (PDL), partido do ex-premiê Silvio Berlusconi, que renunciou após perder a maioria parlamentar, pressionado pela crise econômica.

Monti procura envolver os principais partidos italianos na composição de seu governo, e gostaria de contar na equipe tanto com políticos quanto com tecnocratas, para ter um apoio sólido no Parlamento e conseguir governar até 2013.O apoio do PDL é importante porque muitos de seus membros têm se oposto ao governo predominantemente tecnocrata que Monti estaria buscando formar para enfrentar a crise.

O apoio do PDL é importante porque muitos de seus membros têm se oposto ao governo predominantemente tecnocrata que Monti estaria buscando formar para enfrentar a crise.

O ex-comissário europeu concluiu as consultas durante a tarde, recebendo os representantes dos empregadores, dos sindicatos, dos jovens e das mulheres. Depois, ele foi à casa de Napolitano.

A nomeação de Monti, economista respeitado acalmou inicialmente os mercados internacionais, mas a incerteza sobre a formação do governo e a publicação de um indicador negativo na Eurozona voltaram a gerar tensões.

Qualquer fracasso ou atraso nesses esforços poderia causar um efeito devastador nos mercados financeiros.

Para aumentar a pressão sobre Monti, em meio à turbulência do mercado, as taxas de juro nos bônus BTP de 10 anos subiam para mais de de 6,9%, perto dos 7% que fizeram a Grécia e a Irlanda pedirem por planos de resgate.

Um eventual resgate da dívida pública italiana, que soma 1,9 trilhões de euros, é visto como alta demais para os recursos financeiros atuais da zona do euro.

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