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Prefeitura na Itália é pichada em protesto contra Bolsonaro

Manifestantes picharam a sede da Prefeitura de Anguillara Veneta, no norte da Itália, em protesto contra a concessão de cidadania honorária para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

O prédio amanheceu com a frase “Fora Bolsonaro” em sua fachada, que também teve diversas partes manchadas com tintas coloridas.

A ação foi reivindicada pelo grupo ambientalista “Rise Up 4 Climate Justice”, que afirmou que a figura de Bolsonaro “representa perfeitamente o modelo capitalista, predatório, destrutivo e colonialista contra o qual lutamos”.

“Um dos grandes poderosos da Terra, negacionista da crise climática e responsável por ter destruído 8,5 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica para dar espaço a cultivos intensivos e ao modelo de exploração do qual se faz promotor”, afirmou o grupo.

Segundo o “Rise Up 4 Climate Justice”, o presidente também se demonstrou negacionista da pandemia e levou adiante “políticas sanitárias que negaram tratamentos e saúde à população brasileira, que está pagando um preço pesadíssimo em termos de vidas humanas”.

“Bolsonaro encarna o inimigo principal do clima, da vida e dos territórios. ‘Fora, Bolsonaro’, nos oporemos aos destruidores do nosso planeta aqui e em qualquer lugar”, acrescentou o grupo.

O presidente do Brasil deve visitar Anguillara para receber o título de cidadão honorário, homenagem que é alvo de protestos de partidos progressistas, sindicatos e organizações antimáfia e antifascistas.

A homenagem foi proposta pela prefeita de Anguillara Veneta, Alessandra Buoso, com o argumento de que um bisavô de Bolsonaro nasceu nessa pequena cidade de pouco mais de 4 mil habitantes.

“A cidadania é conferida de fato ao presidente, como delegado de um povo e eleito democraticamente pelo povo que ele representa, mas é conferida simbolicamente a toda uma nação”, justificou Buoso por meio de comunicado.

Segundo a prefeita, o reconhecimento vale como um “gesto simbólico de esperança para todos os povos que, todos os dias, são obrigados a migrar para outros países em busca de uma nova vida”.

“Não queremos entrar nos aspectos políticos porque não é nosso papel nem nossa vontade, queremos apenas recordar que os laços entre essas duas nações são extremamente fortes”, acrescentou.

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