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Premiê italiano pede que ideologias sobre vacinas “fiquem de lado”

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, deu sua tradicional coletiva de imprensa e pediu que os italianos deixem as ideologias “de lado” sobre a vacinação anti-Covid.

O premiê descartou impor uma imunização obrigatória – tema que vem causando bastante polêmica após alguns médicos se negarem a tomar a primeira dose da BNT 162b, o imunizante da Pfizer e da BioNTech que começou a ser aplicado em todo o país em 27 de dezembro.

“Eu mesmo, para dar o bom exemplo, tomarei logo, mas é justo respeitar as prioridades definidas. Eu peço a todos um esforço, que coloquemos de lado as ideologias e as reações emocionais, façamos um ato de solidariedade perante toda a comunidade nacional e nos submetamos à vacina”, acrescentou.

O líder do governo ainda pontuou que o estado de emergência por conta da pandemia de Covid19 será prorrogado “até quando for necessário” para proteger a população.

Sobres os dados de mortes na pandemia serem piores na Itália do que em outros países da União Europeia – até o último boletim, eram mais de 73 mil mortos -, Conte destacou que a nação “foi o primeiro país europeu e ocidental no qual a pandemia começou de maneira muito incisiva”.

“Isso complicou a resposta e nós precisamos elaborar respostas que não permitiam reproduzir as aplicações feitas em outros lugares. Esperemos para fazer os balanços. Nós teremos sempre o máximo compromisso para limitar as limitações de liberdades pessoais. Na segunda onda, as medidas restritivas estavam por todos os lugares e de maneiras mais duras que as nossas”, disse ainda.

Sobre as polêmicas políticas, que afetaram bastante seu governo nos últimos dois meses, o premiê destacou que não irá trabalhar com “políticas de ultimato” e que sempre está “disponível para o diálogo e para o debate para encontrar uma resposta para o país”.

“Nós estamos trabalhando para o futuro do país, estamos trabalhando pelo plano de recuperação, fizemos uma manobra expansiva de 40 bilhões [da lei de orçamento], trabalhamos pelo orçamento europeu, estou aqui para programar o futuro. Não vou me distanciar desses compromissos para ficar fazendo uma campanha eleitoral”, ressaltou.

Ainda conforme Conte, o plano de recuperação pós-pandemia deverá ficar pronto em fevereiro de 2021.

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