O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Angelo Bagnasco, pediu ações concretas da Itália e da União Europeia (UE) para resolver a emergência imigratória na ilha de Lampedusa.
"A Itália e a União Europeia não devem se esquecer de Lampedusa", disse o religioso, que realizou hoje uma visita à ilha, no sul da Itália.
Lombardi afirmou que o acolhimento dado aos imigrantes em Lampedusa "é um exemplo para os tantos que falam muito e fazem pouco".
Segundo ele, a ilha precisa "ser encorajada", mas também "agradecida" por ter recebido milhares de estrangeiros.
O presidente da CEI desembarcou hoje em Lampedusa e foi recebido por um grupo de crianças. Em seguida, ele celebrou uma missa.
Estava previsto para o religioso visitar o centro de acolhimento a imigrantes da ilha, mas a atividade foi cancelada por falta de tempo, segundo fontes oficiais.
Os residentes da ilha, no entanto, afirmam que a visita pode ter sido anulada devido a protestos realizados pelos estrangeiros hospedados nas instalações do centro. Alguns teriam se automutilado com lâminas.
Lampedusa tem sido o principal destino de cidadãos de países do norte da África que fogem dos conflitos políticos locais. A maioria dos imigrantes que desembarca na ilha é da Tunísia, Egito e Líbia.
O escritório da organização Save The Children na Itália elogiou a visita de Bagnasco, ressaltando que isto "indica o empenho da Igreja italiana na promoção da cultura de acolhimento".
De acordo com a entidade, "são cerca de 1.300 menores, a maioria sem acompanhantes, que chegaram entre janeiro e maio à Sicília, sendo que mil desembarcaram somente em Lampedusa".
"São numerosos os núcleos familiares com crianças pequenas e mulheres grávidas que enfrentaram a dramática experiência de atravessar o mar na esperança de uma nova vida e de um futuro", comentou a ONG. (ANSA)