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Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi ignora pedidos para que deixe o poder na Itália

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, deixou de lado os pedidos para que ele renuncie, enquanto aumentava a pressão nesta sobre seu governo de centro-direita e a sua última gafe provocava revolta e exasperação.

Sob pressão por causa de corrupção e escândalos sexuais, e enfrentando críticas pela condução errática da crise econômica, Berlusconi acusou a oposição de esquerda de pretender "obsessivamente" tirá-lo do poder.

"É uma demanda que considero absurda, que apenas criaria instabilidade e que abriria mais espaço para a especulação financeira", disse ele numa mensagem de vídeo a partidários.

"Temos os números para chegar ao fim do nosso mandato, como prevê a Constituição. E seguiremos adiante e completaremos nosso programa de reforma", disse ele, acrescentando que permanecerá no poder mesmo que isso represente um "sacrifício pessoal."

Berlusconi deixou Roma nesta sexta-feira para fazer uma visita particular à Rússia a fim de comemorar o aniversário do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.

Os comentários foram feitos no momento em que estudantes marchavam em várias partes da Itália para protestar contra os cortes nos gastos da educação e contra a crise financeira.

Em Milão, manifestantes jogaram tinta em um escritório da agência de classificação de risco Moody''s, que cortou a nota de crédito da Itália nesta semana, e lixo na frente de agências bancárias.

Em Gênova, manifestantes reuniram-se na frente da agência local do Banco da Itália.

Jornais e partidos de oposição criticaram o premiê por causa de seu mais recente excesso verbal, uma sugestão de que o seu partido, o PDL, se renomeou com um termo vulgar para a genitália feminina.

O termo também é usado para descrever uma mulher atraente.

O comentário, feito a deputados do partido no Parlamento na quinta-feira, gerou críticas da oposição, que disse que ele ressalta o desprezo de Berlusconi pelas mulheres.

"Suas piadas misóginas são ofensivas às mulheres, que são consideradas menores e menos como pessoas e, mais ainda, como ''bens'' a serem vendidos a quem apresentar o lance maior", disse o senador Giuliano Carlino, do partido de oposição Itália dos Valores.

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