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Frente ampla contra extrema direita na Itália sofre cisão

Não durou uma semana o projeto do Partido Democrático (PD), principal força de centro-esquerda na Itália, de formar uma frente ampla para enfrentar o favoritismo da extrema direita nas eleições de 25 de setembro.

A pequena legenda de centro Ação, do ex-ministro do Desenvolvimento Econômico Carlo Calenda, anunciou o rompimento de uma aliança com o PD fechada apenas cinco dias atrás.

O motivo da ruptura, segundo Calenda, é a decisão do Partido Democrático de também formar coligações com as legendas nanicas Europa Verde (EV) e Esquerda Italiana (EI), que fazem oposição ao governo de união nacional encabeçado por Mario Draghi.

“Foi uma das decisões mais sofridas, a mais sofrida”, disse o ex-ministro em entrevista ao canal Rai Tre. “Hoje me encontrava ao lado de pessoas que votaram 54 vezes para destituir Draghi. Fiquei um pouco perdido”, acrescentou.

A aliança entre PD e Ação havia sido anunciada, quando já se sabia que o Partido Democrático também negociava com EV e SI. “Essa coalizão é feita para perder. A escolha foi do PD, e eu não posso seguir por um caminho contra minha consciência”, declarou Calenda.

Em seu perfil no Twitter, o ex-premiê Enrico Letta, líder do Partido Democrático, disse que vai “seguir em frente no interesse da Itália”. “Parece que o único aliado possível para Calenda é Calenda”, afirmou.

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