Música Italiana

Giuseppe Di Stefano

Giuseppe Di Stefano nasceu em Motta Sant'Anastasia no dia 24 de Julho de 1921 e faleceu em Santa Maria Hoè no dia  3 de março de 2008) foi um tenor de ópera italiano.

Nascido na província de Catânia, Sicília, sua voz tinha um timbre aveludado e uma sonoridade suave. Começou a destacar-se no cenário lírico internacional no fim dos anos 1940, atuando na Itália, México e diversos outros países. O apogeu da fama, nos anos 1950, acabou coincidindo com o início de sua decadência, no final daquela década, quando sua voz começou a perder a flexibilidade e suavidade anteriores, provavelmente devido a uma certa indisciplina e desleixo quanto à sua própria carreira e ao fato de que, a partir de então, começou a adicionar a seu repertório papéis para tenor lírico-spinto e até dramático, o que acabou por danificar sua voz essencialmente lírica.

Suas intepretações mais conhecidas foram feitas ao lado de Maria Callas, com quem formou um famoso par operístico e manteve, durante certo tempo, um relacionamento amoroso. A primeira apresentação conjunta deles ocorreu em São Paulo, no Brasil, em La Traviata, de Verdi, no ano de 1951.

Di Stefano se notabilizou, além da beleza de sua voz e de sua dicção exemplar, pela marcante carga dramática que imprimia a seus papéis, sendo, por isso, considerado um parceiro ideal de outra grande cantora-atriz da época, Maria Callas.

Entretanto, ele atuou com as mais diversas cantoras de sua geração, como Renata Tebaldi e Leontyne Price, tendo sido um cantor extremamente versátil e prolífico enquanto durou seu apogeu. Suas maiores interpretações foram, sobretudo, no repertório italiano do Bel Canto (por exemplo, no Edgardo de Lucia di Lammermoor) e do verismo (Canio, em I Pagliacci, ou Mario Cavaradossi, em Tosca), bem como nas óperas de Giuseppe Verdi (Alfredo, em La Traviata, e Alvaro, em La Forza del Destino, dentre outros)

Nos anos 1970, Giuseppe di Stefano voltou aos palcos em uma turnê de cerca de dois anos ao lado de Maria Callas.

Contudo, o estado vocal desgastado dos dois era então notório, e a turnê, embora sucesso de público, não teve grandes conquistas artísticas. ERIKA BARRETO FONSECA – Jornalista.


Gravações com Maria Callas

Ao longo de sua carreira, Di Stefano cantou muitas vezes e gravou outras vezes com a célebre soprano Maria Callas. Eles gravaram pela EMI. Essas gravações são:

  • Lucia di Lammermoor, de Donizetti – 1953
  • I puritani, de Bellini – 1953
  • Cavalleria rusticana, de Mascagni – 1953
  • Tosca, de Puccini – 1953
  • I Pagliacci, de Leoncavallo – 1954
  • Rigoletto, de Verdi – 1955
  • Il trovatore, de Verdi – 1956
  • La bohème, de Puccini – 1956
  • Un ballo in maschera, de Verdi – 1956
  • Manon Lescaut, de Puccini – 1957

No entanto, algumas de suas gravações ao vivo com Maria Callas são ainda mais célebres do que as de estúdio, com o engajamento dramático dos dois cantores ainda mais nítido. Podem ser destacadas estas apresentações:

  • La Traviata, de Verdi – 1955 (regência de Carlo Maria Giulini).
  • Lucia di Lammermoor – 1955 (regência de Herbert von Karajan).
  • Un ballo in maschera – 1957 (regência de Gianandrea Gavazzeni).

 

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