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POLÍTICA: Silvio Berlusconi defende réplica no Senado Italiano

O premier italiano Silvio Berlusconi fez sua réplica no Senado após a discussão sobre o discurso programático apresentado mais cedo defendendo sua gestão e reafirmando que o governo sai "mais forte e sereno" da discussão sobre o voto de confiança do Parlamento. 

De acordo com o primeiro-ministro, o confronto "civil" entre a maioria e a oposição "não é uma questão de números parlamentares", já que, na Câmara dos Deputados, 342 dos 617 legisladores que se pronunciaram favoráveis ao voto de confiança ao governo. 

"Uma democracia plena precisa de uma maioria e de uma oposição responsáveis, que saibam se comportar com civilidade e encontrar uma síntese quando o interesse da nação o impõe e as condições da política o permitam", disse Berlusconi.

A votação foi um passo essencial para a manutenção do premier no cargo, após sua ruptura com o presidente da Câmara dos Deputados e ex-aliado, Gianfranco Fini. Ao ser expulso do governista Povo da Liberdade (PDL) e criar o grupo Futuro e Liberdade para a Itália (FLI) – que em breve se tornará um novo partido – o parlamentar levou consigo mais de 30 legisladores. 

A divisão iniciou uma crise política, com a eventual perda da maioria de Berlusconi na Casa – o que não se confirmou nesta última quarta-feira (29), já que houve adesão dos partidários do FLI ao voto de confiança, ao qual foi submetido o discurso de Berlusconi sobre seu programa de governo. 

O mesmo processo ocorre no Senado, com o pronunciamento sobre as propostas da administração, a discussão dos legisladores, uma réplica e a posterior votação. 

"Estamos satisfeitos, porque terminou uma fase de polêmicas internas que não fez bem à maioria", apontou o premier, sobre a vitória de ontem. "Hoje todos confirmam seu apoio governo, inclusive os que optaram pela separação" como o FLI, cuja "ação parlamentar será levada adiante com a bandeira do espírito construtivo e leal de sempre", comentou.

Ainda na réplica, Berlusconi afirmou que a imprensa italiana é de esquerda, garantiu que o país não "se ajoelhou" para a Líbia e seu governante Muammar Kadafi, negou qualquer culpa nos problemas da coleta de lixo em Nápoles, respondeu às críticas do senador do PD Luigi Zanda sobre política externa e garantiu que a Itália está saindo da crise econômica melhor que outros países.

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