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Itália celebra 1º dia em memória de vítimas da Covid-19

Há exato um ano, a divulgação de uma imagem deixava a Itália em choque. A foto mostrava caminhões militares enfileirados em Bergamo para remover corpos de vítimas da Covid19 para cemitérios e crematórios de outras cidades do país.

A imagem rapidamente se espalhou pelo mundo e mostrou o que acontece quando o novo coronavírus sai do controle: hospitais em colapso e cemitérios sem conseguir dar conta do fluxo de caixões. A foto virou um símbolo da crise sanitária na Itália e motivou a instituição de um dia nacional em memória das vítimas da Covid-19, celebrado pela primeira vez.

O projeto de lei que cria a data foi aprovado de forma definitiva no Parlamento. Várias homenagens ocorreram por todo o país, mas sem aglomerações, já que 71,5% da população nacional vive um novo lockdown para conter a pandemia.

Os edifícios públicos, incluindo as sedes do governo, dos ministérios e do Parlamento, estão com bandeiras a meio-mastro para homenagear as mais de 100 mil vítimas da Covid na Itália. Já o premiê Mario Draghi, que está no poder há cerca de um mês, viajou a Bergamo e depositou uma coroa de louros em uma estela dedicada aos mortos por coronavírus.

“Este lugar é um símbolo da dor de toda uma nação. É também o lugar de um compromisso solene que hoje assumimos. Estamos aqui para prometer aos nossos idosos que nunca mais as pessoas frágeis não serão protegidas e assistidas de forma adequada.

Apenas assim respeitaremos a dignidade daqueles que nos deixaram”, disse o primeiro-ministro, em um breve discurso em um novo bosque em homenagem aos mortos. Com cerca de 120 mil habitantes, Bergamo tem mais de 3,4 mil vítimas confirmadas da Covid, mas estudos apontam que o número real pode chegar a 6 mil, já que houve uma grande subnotificação nos primeiros meses da pandemia.

Em suas contas nas redes sociais, o ex-premiê Giuseppe Conte, que governou até fevereiro passado, disse que o dia nacional dedicado aos mortos pelo novo coronavírus representa a lembrança de quando o país tomou “plena consciência” de que a saúde dos cidadãos seria “um valor supremo a ser defendido”.

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