O comandante da balsa italiana Norman Atlantic, Argilio Giacomazzi, falou brevemente com os jornalistas e disse que não quer ser chamado de herói.
"Eu queria levar todos para casa. Estou muito cansado e não me chamem de herói. Os agradecimentos não devem ser feitos para mim, eles não servem", falou Giacomazzi em frente à sua residência. Ele ainda sofre com uma leve intoxicação por ter respirado muita fumaça durante o incêndio da embarcação e tem algumas escoriações pelo corpo.
A referência ao heroísmo do comandante tem a ver com o fato de Giacomazzi ter deixado a balsa apenas quando todas as pessoas foram retiradas do local. Também tem a ver com a memória dos italianos, que lembram do capitão Francesco Schettino, do navio Costa Concordia. Em 2012, enquanto o barco estava tombando, ele foi um dos primeiros a deixar o local da colisão que matou 32 pessoas.
O procurador de Bari, Giuseppe Volpe, disse que "não há informações" sobre o paradeiro de 98 pessoas que estavam na embarcação. Oficialmente, são 11 vítimas fatais do acidente que ocorreu no último domingo (28).