O Comissário da União Europeia para o Ambiente, Janez Potocnik, afirmou que a crise recorrente do lixo em Nápoles "demonstra que as autoridades italianas não fizeram o suficiente para encontrar uma solução adequada e em última instância definitiva para o problema, motivo pelo qual poderá ser punida".
"As condições locais ainda não apresentam melhorias, que devem ser confirmadas pela população", disse Potocnik, acrescentando que "se a situação não mudar rapidamente, a Itália poderá sofrer sanções determinadas pelo Tribunal Europeu de Justiça".
O Comissário europeu concluiu com um apelo às autoridades italianas "de todos os níveis" para que resolvam essa crise, "de modo que o dinheiro dos contribuintes sirva para melhorar a situação local e evitar o pagamento de multas".
PROTESTOS EM ROMA EM FRENTE À CÂMARA:
Uma centena de cidadãos de Nápoles protestou na praça em frente à Câmara dos Deputados em Roma, com sacos de lixo na mão – cada qual com o nome de um leghista, e cartazes contra esse partido (a Liga Norte, principal aliada do governo Berlusconi), pelo fato deste se opor à transferência dos resíduos para fora da região. No momento, esta seria a única solução capaz de aliviar a emergência de Nápoles, que ainda tem muito lixo acumulado pelas ruas.
"Nápoles se tornará uma enorme lixeira a céu aberto e Berlusconi é o único responsável",disse um manifestante.
Esta nova emergência do lixo foi criada pelos lobistas dos incineradores e dos aterros sanitários, controlados pela Camorra, a máfia local.