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ESTUDO: “22º Dossiê Caritas-Migrantes” revela situação dos imigrantes na Itália


São mais de 5 milhões os imigrantes legalizados na Itália, de acordo com estimativa do ano passado, divulgada em Roma pelo 22º Dossiê Caritas-Migrantes.

Em um ano a porcentagem de estrangeiros em relação à população residente na Itália passou dos 7,5% de 2010 para 8,2% em 2011, representando um aumento de apenas 43 mil pessoas. A maioria (63,4%) mora no norte do país, 23,8% no centro e apenas 12,8% no sul. Os vistos de permanência vencidos em 2011 e não renovados foram 262.688.

A população estrangeira empregada chega a 2,5 milhões, um décimo do total de empregos. No ano, os imigrantes perderam seus empregos mais do que os italianos, na proporção de -170 mil contra -75 mil. Ao mesmo tempo, entre os estrangeiros aumentaram tanto os desempregados (310 mil) como a taxa de desemprego (12,1%, 4% maior do que a média dos italianos), enquanto a taxa de atividade caiu para 70,9% (9,5% a mais do que entre os italianos).

A região italiana com o maior número de estrangeiros é a Lombardia, onde reside um imigrante a cada quatro: os regularizados são estimados em 1,2 milhão (23,5%).

A maioria dos imigrantes chegam do continente europeu (50,8%), seguidos por África (22,1%), Ásia (18,8%) e Américas (8,3%). Os mais numerosos são os romenos (quase um milhão), e depois marroquinos (506 mil), albaneses (quase meio milhão) e ucranianos (224 mil).

De acordo com o citado relatório, a Itália é o Estado-membro que acolhe as coletividades mais numerosas da União Europeia de chineses, filipinos, além de cidadãos de Bangladesh e do Sri Lanka.

Para Caritas-Migrantes, o sistema italiano de acolhimento de refugiados e requerentes de asilo é frágil, apesar de a Itália ser uma terra de asilo, posto que do pós-guerra até hoje os pedidos nesse sentido somam mais de meio milhão.

O que falta é um sistema unificado e estável, baseado na coordenação de todas as estruturas envolvidas, também para ser capaz de garantir uma atenção maior às categorias mais vulneráveis, a começar pelos menores.

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