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Padre italiano indeniza cinco vítimas de pedofilia em 25 mil euros

O padre italiano Mauro Inzoli, acusado de pelo menos oito episódios de pedofilia contra cinco adolescentes, aceitou indenizar as supostas vítimas. O acordo foi feito durante uma das audiências do processo no qual ele é réu por violência sexual e abuso de autoridade.   

O "religioso" pagou 25 mil euros (R$ 100 mil) para as famílias de cinco jovens que tinham na época entre 12 e 13 anos e dizem terem sido violentados por ele, totalizando 125 mil euros (R$ 500 mil). Apelidado pela imprensa italiana de "Dom Mercedes" devido à sua paixão por carros de luxo, Inzoli, de 66 anos, foi durante três décadas o líder carismático da entidade católica Comunhão e Libertação (CL) na província de Cremona.   

Segundo o procurador Roberto di Martino, o cargo serviu para o padre se aproximar e abusar de jovens, usando como álibis "exercícios espirituais" em seu escritório e os retiros promovidos pela CL. Por conta disso, ele pode ser condenado a 12 anos de prisão. A próxima audiência do processo será no fim de junho. O escândalo envolvendo Inzoli estourou em dezembro de 2012, quando a própria Cúria da cidade de Crema anunciou que o papa Bento XVI havia reduzido o padre ao "estado laical", medida que, na prática, o desligou do clero. A sanção foi suavizada em 2014, quando Francisco impôs uma "pena medicinal perpétua" ao sacerdote.   

A sentença prevê que Inzoli leve uma vida de "orações e discrição", como sinal de "conversão e penitência". No entanto, em janeiro de 2015, o padre foi visto em um congresso em Milão em defesa da "família tradicional" organizado por associações favoráveis à "cura gay", levando o caso de volta ao noticiário. (Ansa) 

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