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União Europeia adianta 50 milhões de doses da Pfizer e negocia mais 1,8 bilhão

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a antecipação da entrega de 50 milhões de doses da vacina anti-Covid da Pfizer e da BioNTech para o segundo trimestre do ano.

“A entrega de 50 milhões de doses será acelerada para o 2º trimestre, começando em abril. Isso é um aumento de 25%, trazendo as doses entregues pela BioNTech/Pfizer para a UE no 2º trimestre para 250 milhões”, disse Von der Leyen.

Essa é a segunda antecipação nas entregas, sendo que a outra, de mais 10 milhões de doses, ocorreu em 16 de março. As 60 milhões estavam previstas, por contrato, para serem enviadas no segundo semestre deste ano.

Além do anúncio da antecipação do contrato atual, Von der Leyen também comunicou que o bloco europeu e a empresa norte-americano iniciaram as tratativas para a compra de mais 1,8 bilhão de doses da vacina para o período entre 2021 e 2023.

O novo acordo prevê que tanto o imunizante como os insumos “serão produzidos na União Europeia”. Von der Leyen também comemorou a marca de que 100 milhões de doses já foram aplicadas nos 27 países da União Europeia, o que equivale a cerca de 25% da população.

A chefe do órgão executivo da UE revelou ainda que os termos começaram a ser negociados após o anúncio de atraso nas entregas da Johnson & Johnson, que produz um imunizante contra o coronavírus Sars-CoV-2 através de seu braço belga, a Janssen-Cilag.

“Como podemos ver no anúncio da J&J de ontem, há ainda produtores capazes de atrapalhar o cronograma de entregas, mas é importante agir rapidamente e adequar-se. Fazemos tudo que está em nosso poder para apoiar a campanha de vacinação e para aumentar o fornecimento nos próximos meses”, destacou.

Apesar de não citar, a afirmativa foi uma alfinetada em outra produtora, a AstraZeneca, que faz a Vazrevia em parceira com a Universidade de Oxford, e que atrasa constantemente as entregas.

Por conta dos problemas de entrega e também por conta dos efeitos raros de coágulos detectados nos usos das vacinas da Janssen e da AstraZeneca/Oxford tanto na União Europeia como no Reino Unido, fontes europeias informaram que a estratégia do bloco para os novos contratos será o de focar em imunizantes que usem a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), uma sequência genética sintética que codifica a proteína spike.

Mais caras, porém com uma maior taxa de eficácia e – até agora – sem eventos raros de reações, as vacinas do tipo são feitas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna. Além das duas já aprovadas para uso no bloco, a Curevac também usa essa tecnologia, mas ainda não está liberada.

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