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Alemanha contraria França e defende acordo Mercosul-União Europeia

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, contrariou o governo francês e defendeu a conclusão do acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.

Pressionada por protestos de agricultores, a França já reiterou sua oposição ao tratado comercial entre os blocos e prometeu se empenhar com “braço de ferro” contra a assinatura do documento.

O país liderado pelo presidente Emmanuel Macron é o principal produtor agrícola da UE e sempre mostrou resistência ao acordo com o Mercosul, temendo que a Europa seja inundada por matérias-primas alimentares de países sul-americanos com preços mais competitivos.

“Sou defensor dos acordos de livre comércio, incluindo o acordo do Mercosul”, declarou ele, ao ser questionado se os protestos dos agricultores não fortalecem a posição daqueles que se opõem ao acordo com o bloco sul americano.

Segundo Scholz, a Comissão Europeia tem um mandato e também é responsável por isso”. “Penso que a política comercial da União Europeia é da maior importância como regulação estratégica da Europa no mundo.

Gostaria de ver mais acordos de comércio livre”, defendeu. Ao comentar se existe possibilidade de o bloco chegar a um acordo com os países do Mercosul mesmo sem o apoio da França, o chanceler alemão lamentou a “lentidão e a incerteza com que estas coisas estão progredindo”, incluindo “este acordo que está sendo negociando há tanto tempo”.

“Seria uma boa notícia se, em algum momento, pudéssemos dizer que temos um texto acordado. Obviamente ainda teremos que aplicá-lo politicamente com todos, mas estou muito confiante de que conseguiremos fazê-lo com um contrato que está em processo de redação”, acrescentou ele, dizendo achar “que este será negociado novamente por um curto período de tempo”, após 20 anos de negociações.

A França, por outro lado, voltou a expressar sua oposição ao acordo comercial. Em declaração a jornalistas, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, declarou que seu governo “não pretende aceitar este tratado” e também quer “impedir a importação para seu país de frutas e vegetais tratados com o inseticida tiaclopride”.

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